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8 CURIOSIDADES QUE QUASE NINGUÉM SABE SOBRE MÚSICA

Música é uma das formas de arte mais difundidas do mundo. Além do entretenimento em si, ouvir música pode também trazer alguns benefícios para seu bem-estar. A música não só ajuda a relaxar, mas também pode servir de estimulante para as atividades físicas.

Existem algumas coisas que nem todo mundo sobre o  mundo da música. Por exemplo: desde a década de 50, muitos psicólogos tentaram explicar o poder da música, comparando a apreciação musical com a fala. Afinal, tanto para o entendimento da música quanto do discurso é necessária a capacidade de detectar sons, em seu nível mais primitivo.

Confira 8 coisas que você não sabia sobre música:

1. Ouvir música triste provoca mais saudade do que tristeza

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Adora ouvir músicas tristes? Um novo estudo japonês descobriu que músicas lúgubres podem evocar boas emoções e principalmente saudade. Segundo ele, experimentar a tristeza através da arte é, na verdade, uma sensação agradável.

Um outro estudo de 2011 da Universidade de Groningen descobriu que ouvir canções tristes ou alegres pode não só alterar suas emoções como mudar sua percepção do que outras pessoas estariam sentindo. Saudade foi o principal sentimento apontado pelos objetos de estudo.

2. Refrões repetitivos são a chave para uma música de sucesso

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Na música, assim como na vida, tudo é uma questão de perspectiva. Quando Michel Teló dominou as paradas com “Ai, se eu te pego”, exércitos de críticos do cancioneiro nacional se mobilizaram para criticar o intérprete (e os inúmeros autores) da canção pela pobreza da letra.

De lá pra cá, diversas músicas com refrões repetitivos de onomatopéias acabaram fazendo sucesso. Esse modo de compor música não é exclusivo do Brasil sendo utilizadas por cantores de destaque mundial. “As letras desse tipo em canções de consumo ajudam o público a lembrar da música e cantar junto. É muito mais fácil vender”, afirma a pesquisadora Beatriz Gil, da Universidade de São Paulo (USP).

3. Nós não tiramos determinadas canções da cabeça por ouvi-las em excesso

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O chamado “efeito de exposição” é quando nós escutamos uma música em excesso. Devido a esse efeito muitas pessoas acabam “forçadamente” gostando de determinada música. Entretanto, existe uma grande exceção. No final do processo, a grande exposição a determinada canção pode produzir o efeito contrário: repulsa.

4. Música favorita

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Rebecca Webb e Alexandra Lamont, pesquisadoras da Universidade de Keele, no Reino Unido, concluíram que escolhemos nossa música favorita por conta de eventos de intenso envolvimento emocional. Os resultados de suas pesquisas revelaram que a escolha tem muito a ver com as motivações pessoais dos ouvintes e com suas histórias relacionadas com suas músicas favoritas.

5. Inteligência

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Em um experimento com 144 crianças, pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, concluíram que as crianças que participaram de grupos com aulas de música exibiram aumentos de QI e melhor desempenho acadêmico. Novas pesquisas também mostram que o cérebro de músicos é desenvolvido de tal forma que os deixam mais alertas, dispostos a aprender e calmos.

6. Música faz você gastar mais dinheiro

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Em bares, aumentar o volume da música eleva o consumo de álcool. Já em lojas de flores, músicas românticas provocam aumento das vendas. É o que mostram pesquisas feitas por cientistas da Universidade Bretagne-Sud, na França.

7. Aquele “arrepio” que sentimos quando escutamos uma música boa

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Quando estamos ouvindo uma música, algo não muito raro pode acontecer: Podemos sentir arrepios ou calafrios. Essa sensação acontece basicamente em nosso cérebro e os pesquisadores Marcus Pearce e Elvira Brattico, ambos neurologistas, passaram vinte anos tentando estabelecer a ligação entre a música e as atividades cerebrais, o que poderia explicar o frisson que sentimos quando ouvimos determinados estilos musicais.

Em contrapartida aos 20 anos de estudo realizado pela dupla, a Valarie Salimpoor, pesquisadora canadense da Universidade de McGill, reuniu um grupo de pessoas para realizar um teste. Cada uma levou ao experimento duas canções que causassem arrepios. Como os estilos musicais eram muito diversificados, o resultado da pesquisa ficou incerto. O que Valarie pode logo perceber é que, mesmo com as diferenças do tipo de música, todos obtiveram a mesma resposta cerebral aos estímulos auditivos apresentados.

8. As vacas produzem mais leite quando escutam música relaxante

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Esse fato estranho foi relatado pela BBC em 2001. Ouvir música relaxante pode fazer com que as vacas produzam mais leite. O estudo envolveu 1.000 vacas que foram expostas a músicas rápidas, lentas e também sem música durante 12 horas por dia durante um período de nove semanas.

Ao ouvir a música lenta (por exemplo, “Everybody Hurts”, do REM) as vacas produziam 3% mais leite por dia do que quando elas escutavam músicas rápidas (por exemplo, “Space Cowboy”, de Jamiroquai).

“Música calma pode melhorar a produção de leite, provavelmente porque ela reduz o stress,” afirma Adrian North, médico que realizou o estudo.

 

Fonte: https://www.fatosdesconhecidos.com.br/8-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-musica/

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Musicoterapia: conheça algumas terapias feitas com música

A vibração do gongo, a delicadeza da lira, a refinada taça tibetana… Descubra alguns instrumentos musicais que podem ser importantes aliados nas terapias

Passarinhos cantando numa manhã de domingo. O barulhinho da chuva na hora de dormir. As buzinas insistentes que tornam o trânsito ainda mais desagradável. Estejamos ou não conscientes, vivemos imersos numa partitura sonora que influi positiva ou negativamente em nossa saúde física, mental e emocional. Se não podemos controlar os ritmos externos que desarmonizam a vida, a boa notícia é que existem terapias que tiram partido de acordes agradáveis para nos devolver o bem-estar.

“É possível tratar dores, aliviar o estresse e a ansiedade, restabelecer o equilíbrio do sistema endócrino, melhorar as dores de cabeça e ainda equilibrar e limpar os centros energéticos do corpo por meio do som”, afirma o musicoterapeuta Diogo Camargo, de São Paulo. “Instrumentos específicos, como taças tibetanas, tingshas, gongos e mesa lira, entre outros, possuem uma variedade de harmônicos [sons simultâneos com base em uma nota musical fundamental, mais intensa] que são capazes de massagear cada célula do nosso corpo”, completa.

No livro Emotion and Meaning in Music (sem tradução brasileira), Leonard B. Meyer, americano estudioso do tema, parte do pressuposto da física quântica de que toda matéria estaria em constante vibração para explicar por que determinados tipos de som podem nos beneficiar. Segundo ele, se tudo o que vibra possui uma frequência – número de oscilações por segundo –, cada órgão do nosso organismo possuiria a sua. Ao emitir o som de um instrumento com essa mesma frequência, ondas sonoras e células entrariam em ressonância, reverberando um estado de saúde por todo o organismo. Da mesma forma, seria possível descobrir áreas doentes do corpo. “Por exemplo, quando manipulo o instrumento tingsha, que tem o toque de um sino, o órgão que está sendo trabalhado reage aos padrões de compressão e dilatação causados pelas ondas sonoras. Se há algo errado, a frequência é alterada, e os harmônicos oscilam”, explica o terapeuta sonoro paulistano Peterson Menezes.

Utilizar o som como ferramenta para promover a saúde e o bem-estar é uma prática antiga. Por volta de 340 a.C., Alexandre, o Grande, costumava deitarse ouvindo a lira para dissipar o estresse das batalhas. Na cultura helenística, na mesma época, a flauta era usada para atenuar a dor ciática e a gota. Na Bíblia, o Velho Testamento conta que, quando Davi tocava sua harpa, a depressão do rei Saul se esvaía. Se os exemplos históricos não convencem os céticos, alguns estudos dão sustância à ideia de que o som pode ser um poderoso aliado. Em 1787, o físico alemão Ernst Chladni provou que, submetidos às ondas acústicas de um arco de violino, grãos de areia formavam imagens harmônicas ou caóticas, dependendo da altura da nota a que eram submetidos. O médico, físico e músico alemão Hans Jenny fez uma experiência parecida em 1960. Ele fotografou tipos de pó, semissólidos (como mercúrio) e líquidos sob a influência de sons distintos. As mesmas imagens – geométricas e cheias de beleza ou feias e assimétricas – apareceram, dependendo, entre outros fatores, da frequência do som emitido.

O fato de sermos compostos de cerca de 70% de água nos torna privilegiados para receber os benefícios das ondas sonoras, pois elas se propagam em meio líquido. Não basta, porém, comprar os instrumentos e manipulá-los a esmo para se obter os efeitos terapêuticos. Para isso acontecer, é necessário um toque na frequência, no ritmo, no volume, na altura e na intensidade adequados à parte do corpo que se quer trabalhar. Os terapeutas costumam consultar tabelas como a védica, a indiana e ainda outras para checar essas informações. “Ainda assim, não é uma ciência exata”, afirma o educador musical e terapeuta Marcelo Petraglia, da capital paulista. “Cada pessoa tem uma memória sonoraemocional própria. O terapeuta precisa estudá-la, conversando com o paciente ou submetendo-o a questionários para só então fazer um tratamento personalizado. Com base nisso, ele descobrirá os instrumentos e as formas de tocá-los mais apropriadas a cada caso”, completa.

Banho de gongo

Há indícios da existência do gongo – cujas propriedades revigorantes o tornam um dos mais estimados entre os terapeutas sonoros – desde a Idade do Bronze, por volta de 3 300 a.C. “A frequência da sua onda sonora costuma ser bem espaçada. Isso lhe confere o poder de reverberar dentro das células, limpando o corpo de padrões vibratórios negativos”, afirma Peterson Menezes, um dos poucos brasileiros a fabricar o instrumento em grandes dimensões (acima de 80 cm).

Ao contrário do que os filmes de artes marciais nos levam a crer, no entanto, o volume de um gongo não é necessariamente alto. Ele se parece mais com um vento, com um som em cascata. “A frequência depende também do seu tamanho. Cada nota age numa estrutura do corpo humano, e a forma como se toca e por quanto tempo variam de acordo com o objetivo terapêutico”, completa Peterson.

O chamado banho de gongo seria justamente a imersão nas ondas sonoras do instrumento, indicadas para fortalecer o sistema nervoso e atuar no alívio de doenças como a depressão e a síndrome do pânico. O paciente pode tanto ficar de pé na frente do instrumento, como de costas para ele ou deitado. Maria Regina Quintino, aposentada, 60 anos, faz análise para se tratar da depressão, mas complementa o tratamento com a terapia sonora: “Estou tomando o banho há seis meses, a cada quinze dias. Venho me sentindo mais leve e com mais pensamentos positivos”, relata.

Outra experiência singular é participar de um concerto meditativo coletivo. O terapeuta sonoro Daniel Ramam, do Rio de Janeiro, explica: “Os pacientes ficam deitados e recebem as ondas sonoras de taças tibetanas, gongos, taças de cristal, didgeridoo, entre outros. As vibrações circulam entre as pessoas, gerando um ambiente de saúde e harmonia”.

 

Mesa Lira

 

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Mais conhecida pela expressão em inglês, monochord table, a mesa lira é uma grande caixa de ressonância (sobre a qual é possível deitar-se) suspensa por pés de madeira e embaixo da qual existem 42 cordas de aço afinadas, na maioria dos casos, em ré (os terapeutas costumam preferir a nota por ter uma tonalidade grave e criar várias notas afins harmônicas). Sua origem é controversa. Alguns acreditam que ela seja parente do instrumento monocórdio, inventado, segundo alguns estudiosos, pelo matemático Pitágoras por volta de 500 a.C. Outros discordam do parentesco e creditam tanto a criação da mesa quanto o seu desenvolvimento para propósitos terapêuticos ao musicoterapeuta suíço Joachim Marz, nos anos 1980. O que é unânime, porém, entre os terapeutas do som é o potencial do instrumento para desbloquear tensões, realinhar os centros de energia do corpo e atuar nos sistemas metabólico e neurossensorial. “As muitas cordas afinadas no mesmo tom formam um especial e poderoso campo de harmônicos, que vibra frequências benéficas para todo o organismo”, conta o terapeuta Marcelo Petraglia, que introduziu a terapia com a mesa lira no Brasil em 2002.

“Outro benefício da mesa é que, como o paciente fica deitado sobre ela, os sons atravessam o corpo inteiro e passeiam pela coluna vertebral, distribuindo-se de forma equânime”, afirma o musicoterapeuta Diogo Camargo. O dentista Sérgio Fernandes, 43 anos, experimentou outras terapias sonoras, mas só na mesa lira encontrou alívio para as dores de cabeça: “O som é bastante forte e poderoso. Percorre a espinha dorsal de cima a baixo. Depois de quatro meses de terapia, consegui, enfim, me livrar dos analgésicos”.

 

Taças tibetanas

 

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Acredita-se que a prática terapêutica com taças tibetanas (vasilhames semelhantes a cuias) tem origem na cultura xamanista Bön, na Idade do Bronze. Esse povo vivia na região dos Himalaias e empregava os sons das taças, compostas predominantemente de cobre, para promover a saúde da comunidade.

“O propósito da terapia é fazer o paciente relaxar e, assim, despertar o poder autocurativo do corpo”, afirma a terapeuta sonora Regina Santos, do Rio de Janeiro. As vibrações produzidas pelo instrumento induzem o paciente a estados alterados de consciência, onde se geram ondas alfa e teta. Essas ondas são formadas naturalmente pelo cérebro quando estamos relaxados, em meditação, ou em sono superficial, respectivamente.

Os tipos e os tamanhos das taças variam de acordo com o método de trabalho utilizado pelo terapeuta. Na metodologia desenvolvida pelo engenheiro e pedagogo alemão Peter Hess – depois de realizar investigações biofísicas com monges no Nepal e na Índia, nos anos 1960 –, são três peças principais: a taça da bacia (29 cm de diâmetro), indicada para o tratamento de abdome, baixo-ventre, costas e quadris; a taça do coração (17 cm), para pescoço, coração e cabeça; e a taça universal (21 cm), recomendada para os membros e as articulações. Durante a massagem, enquanto o paciente está deitado, o terapeuta tanto pode mover e tocar as taças no ar, por cima do corpo dele, ou posicioná-las na área a ser trabalhada.

A pedagoga Fernanda Casilaro, 36 anos, é adepta do tratamento há três anos. “Eu sentia muitas dores na coluna, mas os exames pedidos pelo fisioterapeuta não apontavam nada. Com a massagem das taças, as dores sumiram. Acho que elas eram resultado do estresse e que eu só precisava relaxar e harmonizar as energias do corpo para me livrar delas”, conta.

Em sua tese de doutorado, finalizada em 2006, a pesquisadora alemã Christina Koller acompanhou 201 pessoas, com idades entre 21 e 78 anos, na Alemanha, na Suíça e na Áustria, que se submeteram a cinco massagens sonoras com as taças tibetanas, no período de uma semana. Ela aplicou questionários para medir a saúde física, mental e emocional dos participantes antes e depois de serem submetidos à terapia. Chegou à conclusão de que as pessoas obtiveram benefícios como diminuição do estresse e reforço de uma imagem corporal positiva. E mais ainda: ao aplicar os questionários cinco semanas após o tratamento, confirmou que os pacientes haviam mantido esses benefícios. Pode-se dizer que a paz se mantém para além da prazerosa hora ou hora e meia (dependendo da técnica empregada) de som-terapia.

Sequência de exercícios para manter a tranquilidade

Preparação: Sente-se confortavelmente, com os joelhos separados e a coluna ereta. Inspire e expire profundamente. Duração: 3 min.

Exercício 1: Ao inspirar e expirar, preste atenção ao som da passagem do ar pelas narinas. Se não for possível ouvi-lo, respire de forma um pouco mais forte, mas não por muito tempo. A ideia é perceber o som da sua respiração natural. Duração: 10 min.

Exercício 2: Com a boca fechada, busque relaxar a garganta, expandindo-a. Na hora de inspirar e expirar, faça o ar friccioná-la. Esse movimento provoca um som parecido com o de uma onda no mar. Você deve se concentrar nesse som e voltar a ele pacientemente toda vez que a sua mente se distrair com pensamentos. Duração: 3 min.

Exercício 3: Concentre-se nos sons do ambiente. Procure ouvir os mais próximos (o vento que entra pela janela, por exemplo) e os mais distantes (sons de pássaros, movimentos da rua etc.). Tente não formar julgamentos sobre esses sons, se são bons ou ruins. Apenas sinta-os e permaneça concentrado no presente. Duração: 10 min.

Exercício 4: Com o corpo relaxado e a coluna ereta, concentre a sua atenção na região peitoral até começar a ouvir as batidas do coração. Ouça-as com serenidade e atenção. Duração: 3 min. exercício 5: Inspire profundamente, enchendo primeiro a barriga com o ar, depois o tórax e, por último, a região dos ombros. Abra bem o maxilar e solte o ar emitindo o som do mantra “Om” até a barriga se esvaziar. Procure vocalizar a mesma quantidade de O e de M. Duração: nove repetições.

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Qual tipo de música é mais popular no Brasil?

De norte a sul do Brasil, não deu outra: hits de pagode dominam as listas de mais pedidas nas principais rádios do país. Junto com o sertanejo, o segundo gênero mais popular, o pagode domina o ranking em rádios FM de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Brasília, Fortaleza e Belém. E não é por acaso, já que os dois ritmos mais ouvidos são genuinamente brasileiros. O pagode surgiu no Rio de Janeiro nos anos 70, em festas que combinavam bebida, feijoada e, claro, samba. Já a música sertaneja nasceu no interior de São Paulo na década de 1920, quando ainda era chamada de caipira. De lá para cá, deixaram de agradar apenas a um grupo específico e caíram nas graças do povo.

O POVO QUER OUVIRNo ar, as mais pedidas nas rádios do Brasil*

32% PAGODE

Os pagodes românticos são os preferidos dos ouvintes brasileiros. E o cantor Belo, depois de amargar alguns anos na cadeia, voltou com força total com a música “Tudo

Mudou”, de seu último disco, Primavera, lançado em 2009. Ele aparece nos top 5 de cinco das dez rádios pesquisadas, dominando as primeiras posições no Rio de Janeiro, em Porto Alegre e em Salvador

20% SERTANEJO

Atualmente, o pagode lidera o ranking das mais pedidas, mas, em 2009, o gênero mais tocado foi o sertanejo, nas vozes de João Bosco e Vinicius, Victor e Leo, Cesar Menotti e Fabiano, Fernando e Sorocaba, entre outros. As duplas são os expoentes do gênero sertanejo universitário, que neste ano ganhou a companhia do furacão Luan Santana

16% INTERNACIONAIS

“Alejandro”, de Lady Gaga, é a primeira nas rádios de São Paulo e também aparece no ranking de Porto Alegre. Justin Bieber entra no top 5 dos paulistas, com “Baby” e “One Time”. Já no ano passado, a lista era bem diferente. As mais tocadas foram “Boom Boom Pow”, do Black Eyed Peas; “I’m Yours”, de Jason Mraz; e “Halo”, de Beyoncé

14% POP/ROCK NACIONAL

NX Zero carrega nas costas o desempenho do rock brasileiro nas rádios. A banda também é uma das recordistas de dowloads pagos no Brasil – mais de 100 mil só em 2009. Sandy aparece na lista de Belo Horizonte, e Paula Fernandes é uma das mais pedidas em Brasília

10% FORRÓ

Em Fortaleza e em Belém, o forró domina as paradas. Garota Safada, Forró do Muído e Desejo de Menina são três das bandas mais pedidas na capital do Ceará, uma das cidades com mais tradição no gênero musical

4% AXÉ

Aparece entre as mais pedidas de Salvador e Belém. Psirico, com “Firme e Forte”, e Cláudia Leitte, com “Famosa”, estão no topo. O fênomeno do “Rebolation”, do grupo Parangolé, também não fica de fora. Em 2009, o gênero era representado pela baiana Ivete Sangalo com a música “Agora Eu Já Sei”

2% RAP

O Sampa Crew é o único representante do gênero na lista. Em Salvador, eles ocupam o segundo lugar no top 5 das mais pedidas. Bem diferente do rap original, que surgiu na Jamaica e ganhou as periferias dos EUA, o grupo brasileiro aposta em uma mistura de rap romântico com charm, funk e soul

2% FUNK

O único funk da lista só estava nas mais pedidas de uma rádio carioca. Depois da febre do “Cerol na Mão”, do Bonde do Tigrão, e do “Melo do Créu”, de MC Créu, sucesso em 2005, os funkeiros têm que se contentar com a música “Chantilly”, do cantor Naldo

– De cada dez CDs vendidos no Brasil, metade são cópias falsas. Em 2009, foram retirados do mercado 45,53 milhões de CDs e DVDs piratas

FORMATO MUSICAL
A música em MP3 está em alta, mas os já nostálgicos CDs ainda movimentam o mercado no BrasilFORMATO DIGITAL11,9%

DVDS E BLU-RAY*

28,1%

CDS

60%

CAMPEÕES DE DISCOS
Sertanejos e religiosos foram os recordistas em vendas em 2009263.602 CÓPIASPADRE FÁBIO DE MELLO

ÁLBUM Iluminar

GÊNERO Religioso

261.483 CÓPIAS

ZEZÉ DI CAMARGO & LUCIANO

ÁLBUM Zezé Di Camargo & Luciano (2008)

GÊNERO Sertanejo

239.151 CÓPIAS

BEYONCÉ

ÁLBUM I Am… Sacha Fierce

GÊNERO Internacional

206.402 CÓPIAS

ROBERTO CARLOS

ÁLBUM Elas Cantam Roberto Carlos

GÊNERO MPB

205.877 CÓPIAS

VÁRIOS

ÁLBUM Promessas

GÊNERO Religioso

* Pesquisa realizada em dez rádios brasileiras em julho de 2010: Jovem Pan FM (SP), Transamérica (SP), FM O Dia (RJ), Beat 98 (RJ), Cidade (RS), BH FM (MG), Piatã FM (BA), Mega FM (DF),FM 93

FONTE Ecad; Havocscope.com; Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD); International Federation of the Phonographic Industry (IFPI); Sony Music; Som Livre; International Intellectual Property Alliance

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Trilha Sonora

A música é reconhecida há muito tempo como uma arte peculiar, pois pode incentivar certas atitudes ou despertar algumas emoções particulares nos que a ouvem. Com seu potencial sensibilizador, tornou-se ferramenta essencial na construção da técnica narrativa em todas as tradições culturais, sendo assim conectada intimamente à produção e emissão da simbologia desejada.
Pode-se afirmar, portanto, que a trilha sonora consiste na instrumentalização da música e das sonoridades como fatores fundamentais na criação de uma história, seja qual for o veículo que irá transmiti-la – cinema, teatro, televisão, entre outros. É a totalidade das composições musicais apresentadas em uma película cinematográfica, nos programas televisivos, em videogames, etc. Esta definição abrange a música original, ou seja, aquela elaborada exclusivamente para uma produção artística; ou determinadas criações musicais e trechos de obras que já circulavam antes deste trabalho específico.

Desde o século XIX as películas cinematográficas são exibidas com o acompanhamento de orquestras ou pianos, principalmente na época do cinema mudo, quando os únicos sons produzidos eram os acordes tocados por um pianista ou pelos instrumentistas de uma orquestra.

Não há um consenso sobre a melhor forma de se conjugar o cinema e a música. Enquanto determinados pesquisadores acreditam que os sons devem se restringir a sua tarefa utilitária e, portanto, precisam estar sujeitos a critérios que definam seu nível funcional, outros consideram a música cinematográfica como um meio de expressão particular, com qualidades e normas estéticas intrínsecas. A trilha sonora não é, assim, secundária a nenhum outro elemento da produção, direção de arte, roteiro, etc.

Muitas vezes, por desconhecimento destas peculiaridades; pelos interesses que regem o mercado e impõem um número abusivo de gravações, ou a carência de recursos para produzir uma música de qualidade; ou até mesmo pela ignorância da técnica cinematográfica, gera-se uma trilha sonora artisticamente desprovida de valor. Estas inquietações devem ser igualmente estendidas às músicas que se ligam a outros veículos artísticos, como o teatro e a televisão.

A trilha sonora mais elaborada é a que torna a narrativa mais densa e rica, harmonizando-se com as outras técnicas cinematográficas e gerando uma experiência emocional original. Ela extrai o melhor de compositores clássicos, das suas criações menos conhecidas, que se transformam em peças célebres ao serem ouvidas em determinadas produções; ou é composta pelos frutos mais significativos dos instrumentistas modernos, que muitas vezes conhecem a fama quando têm seus nomes associados aos mestres do cinema.

Compor uma trilha sonora exige que os responsáveis por ela meditem com cuidado sobre seu desenvolvimento e manejem ferramentas e recursos teóricos compatíveis com o trabalho que está sendo empreendido. Uma produção bem realizada – ao equilibrar cuidadosamente o som, a imagem e as falas dos personagens – permite que a música imprima o caráter de um filme, a sua face específica, seja qual for o estilo musical empregado nesta obra.

Algumas canções são inseridas na gravação da trilha sonora de um filme sem necessariamente terem sido produzidas para essa obra em particular, ou sem que mesmo tenham sido tocadas ao longo do filme. Elas são como coadjuvantes em meio às músicas mais importantes, que realmente definem esta produção.

Fontes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Banda_sonora
http://www.animamusic.com.br/ex_apostila.pdf

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Música faz bem a saúde do coração e proporciona alegria e bem-estar

A escolha do acorde certo é fundamental para o sucesso do tratamento

Que a música faz bem ao corpo e a mente, todo mundo sabe (ou já sentiu). Você ouve um acorde ali, outro acolá e em poucos segundos é tomado por emoções que acalmam fazem você viajar no tempo e relaxar.

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Como surgiram os diferentes ritmos latinos?

Quase todos, com exceção da salsa e do tango, nasceram da mistura de danças e ritmos herdados da Europa e da África. Essa história começou na França de Luís XIV (1643-1715). Dos animados bailes promovidos por ele no Palácio de Versalhes, a contradança francesa – uma espécie de quadrilha que divertia os nobres da época – foi importada pela corte espanhola e depois rumou para colônias no Caribe, como Cuba, Haiti e República Dominicana. A outra grande influência na criação dos ritmos caribenhos veio dos escravos que os colonizadores traziam da África para a América. Das tribos africanas, dois grandes grupos étnicos foram especialmente explorados como mão-de-obra: os bantos e os iorubás, que habitavam regiões onde ficam hoje Nigéria e Camarões. Além da força de trabalho, os primeiros africanos que chegaram ao Caribe trouxeram seus tambores e danças religiosas.

No século XVIII, escravos da região começaram a unir essas várias heranças culturais, criando a contradanza criolla, que misturava a contradança européia com instrumentos musicais e expressão corporal de origem africana. A partir de meados do século XIX, uma das colônias que se destacaram pela riqueza dos novos ritmos produzidos foi Cuba, que logo se tornaria a principal exportadora de sons e danças caribenhas. Isso porque, além da variedade rítmica ali desenvolvida, o país também atraiu um grande número de turistas dos Estados Unidos até a primeira metade do século XX. “A cultura popular cubana foi muito divulgada com a ajuda do cinema e dos americanos antes da revolução que levou Fidel Castro ao poder em 1959. E, depois disso, passou a ser muito pesquisada”, diz a percussionista Glória Cunha, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A partir daí, rumba, chá-chá-chá, merengue e muitos outros estilos latinos se espalharam, elevando a temperatura dos salões no mundo inteiro.

Baile continental A América Latina deu ao mundo um banquete de estilos musicais1. Cumbia

Criada no seio da comunidade negra colombiana, a cumbia se desenvolveu principalmente na costa atlântica do país. Conhecida como “dança dos escravos”, ela exige a máxima sincronia do par de dançarinos, que precisam manter os pés de um na frente dos do outro durante todo o bailado. A cumbia sofreu tanta influência dos ritmos cubanos que atualmente é difícil distingui-la da rumba. E não foi só a música que absorveu essa herança, já que alguns passos da cumbia lembram um pouco a salsa cubana

2. Tango

O estilo apareceu nos subúrbios de Buenos Aires, por volta de 1880. Sua origem é a fusão de ritmos hispânicos, como o flamenco, com a milonga, uma dança que já existia na Argentina e que, por ser extremamente sensual, tinha reputação duvidosa. Inicialmente alegre, o tango mostrou sua faceta melancólica graças às tristes canções gravadas pelo ídolo popular Carlos Gardel nas primeiras décadas do século XX. Sua base musical concentra-se em piano, violino e bandônion (um tipo de acordeão)

3. Salsa

Apesar de ter raízes na ilha de Fidel Castro, a salsa surgiu em Nova York na década de 60. Foi o músico porto-riquenho Izzy Sanabria quem teve a idéia de unir vários ritmos cubanos ao jazz para criar um som que agradasse aos imigrantes de língua espanhola que viviam nos Estados Unidos. Uma banda de salsa comporta de 10 a 14 músicos tocando piano, baixo, trompete, saxofone e percussão variadíssima – enquanto a dança em si usa os mesmos passos da rumba e do mambo em cadência mais rápida

4. Merengue

Desde 1930, o merengue é reconhecido como ritmo e dança nacionais da República Dominicana. No entanto, suas origens pertencem também ao Haiti, onde ele é tocado mais lento. Por volta de 1800, o ritmo já havia se espalhado por outros países da América Latina, como Venezuela e Colômbia. A estrutura musical baseia-se em instrumentos de corda, como o violão, percussão e acordeão. A dança, que sofreu grande influência africana, tem movimentos ritmados dos quadris e da pélvis

5. Conga

Depois de ter nascido como um ritmo para brincar na rua, como no nosso carnaval, a conga ficou conhecida nos Estados Unidos como dança de salão, com a ajuda do músico e ator cubano Desi Arnaz, marido da comediante Lucille Ball e co-astro da série de TV I Love Lucy. Após conhecer seu auge na década de 30, o estilo amargou um certo esquecimento. Como tantos outros ritmos latinos, seu molho principal vem de instrumentos de percussão, enquanto os passos consistem, basicamente, em chutes para os lados e pequenos saltos para a frente e para trás

6. Rumba

Criada a partir da influência de ritmos espanhóis e africanos durante a colonização do país, a rumba foi um dos primeiros estilos musicais latinos a romper fronteiras e se popularizar nos Estados Unidos, uma trajetória que começou no início do século XX. Um dos instrumentos mais importantes para marcar o compasso é a clave, formada por duas peças cilíndricas de percussão batidas uma na outra. Para dançar rumba é preciso ter boa cintura, pois sua marca registrada é o movimento acelerado e sacolejante dos quadris

7. Chá-chá-chá

Depois de criado em 1948 pelo violinista cubano Enrique Jorrín, o estilo foi popularizado na Europa e nos Estados Unidos por um professor de dança inglês chamado Pierre Margolie. Em uma visita a Cuba, Margolie teve contato com o ritmo e adotou alguns passos extras do mambo para criar um novo tipo de coreografia, mais lenta e mais fácil de dançar que o próprio mambo – o que ajudou a torná-la sucesso entre branquelas de cintura dura

8. Mambo

Descendente direto da rumba, o mambo começou sua expansão internacional ao ser apresentado aos americanos pelo músico cubano Pérez Prado na década de 40. Nos anos 50, o ritmo conquistou Nova York e era tocado por band leaders como Tito Puente, Machito e Tito Rodrigues nos clubes mais sofisticados da cidade. O mambo pode ser dançado separadamente ou por casais – em dupla, porém, é preciso manter uma ligeira distância para que os quadris possam acompanhar o ritmo das maracas, um tipo de chocalho

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Parentesco entre música e religião é extremamente próximo

Duas manifestações aparentemente diversas têm origem nas mesmas necessidades humanas e partem do subconsciente. Canções substituem a oração para alguns, e outros utilizam o ritual como estratégia de marketing.

“Para mim, cantar é como um mantra que cura”, revelou a cantora pop italiana Gianna Nannini numa entrevista recente. “Cantar me deixa como que em transe, me faz feliz e transforma minha consciência. E é essa sensação que eu quero levar pelo mundo afora.” E, por via das dúvidas, esclarece: “Mas não sou religiosa”.

Nannini podia estar falando em nome de muitos de seus colegas, de Jimi Hendrix a Santana, que se dissolvem na própria música e se entregam a uma sensação de êxtase. Os fãs também não conseguem escapar dessa atração, pois o efeito dos sons é subconsciente.

“Música e religião têm a mesma origem”, diz a musicóloga e psicóloga suíça Maria Spychiger, que atua em Frankfurt. “Ambas desencadeiam sentimentos difíceis de definir com palavras, têm a capacidade de provocar experiências que ultrapassam o dia a dia.”

“Bater de asas de um anjo”

DW_Voodoo14Transe ao som de tambores em cerimônia vudu

O poder espiritual da música se faz sentir desde os primórdios da história humana até hoje. Em pleno século 21, xamãs empregam em seus rituais o toque de tambores ou sons de flauta. Entre os povos nativos, a música não serve apenas para diversão, mas também ajuda a entrar em contato com os deuses.

No cristianismo, a arte dos sons sempre desempenhou um papel importante. Do canto gregoriano ao gospel, passando pelas cantatas de Johann Sebastian Bach, a música encontra uma linguagem própria para o lamento e o júbilo, a meditação e o êxtase.

Heiner Gembris, especialista em psicologia musical, descreve com uma imagem poética a relação entre esses dois âmbitos: “A música é como o bater de asas de um anjo, que nos toca e faz sentir a presença de algo maior, que nos eleva para além dos limites de nossa prisão no mundo”.

Kreischende Teenager beim KonzertAdolescentes berram até o êxtase diante de seus ídolos

No mundo ocidental secularizado, o aspecto religioso da música é cada vez mais colocado em segundo plano. Ao mesmo tempo, os jovens transferem em massa aos astros musicais a idolatria que a geração de seus avós dedicava a Nossa Senhora ou aos santos. Nos shows ao vivo, eles vivenciam sentimentos antes reservados ao campo da oração ou dos rituais religiosos: aqui eles procuram alegria e consolo.

“O lado espiritual não brota simplesmente dos seres humanos”, explica Spychiger. “Eles recorrem, antes, a conteúdos já presentes na sua cultura. Para muitos a música tem um valor elevado, nela eles encontram significado e sentido existencial. E alguns até mesmo satisfazem suas necessidades religiosas através do meio música.”

Jugendliche tanzen im Club Adagio am Potsdamer Platz Berlin FLASH GalerieDJs exploram fatos científicos ao escolher seu repertório

Fãs como Elisabeth Dick, de 36 anos, corroboram plenamente tal afirmação. “Antes, eu gostava de escutar o Enigma. A música suave da banda era absolutamente espiritual para mim, me dava a sensação de estar flutuando em outras esferas.” Hoje em dia, ela vai muito a shows de rock. “Não é para pensar que tenha qualquer coisa a ver com espiritualidade, mas, quando centenas de fãs dançam a noite toda, é bem fácil a pessoa se sentir levada. Aí eu fico como se fosse em transe.”

Esse fenômeno também se manifesta nas festas techno. Os jovens se movem ao som de um ritmo compulsivo e pulsante, o qual, segundo estudos científicos, opera sobre o sistema neurovegetativo, em todo o corpo. Os DJs fazem uso desse saber, ao encadear músicas com a mesma frequência de batidas por minuto. Após horas seguidas consumindo esses ritmos, os dançarinos entram em estado de transe.

A tentação de ser superstar

Assim, não são apenas os astros da música, mas também os DJs a ganharem statur de ídolos semirreligiosos, imitados sobretudo pelos jovens em fase de formação da personalidade. Ou, como sintetiza a cantora norte-americana Pink numa de suas músicas de maior sucesso: “God is a DJ” (Deus é um DJ).

Deutschland Musik Wave - Gotik - Treffen in LeipzigAdeptos do “gothic” se distinguem pela roupa, penteado e maquiagem

Além disso, nos concertos dos seus superstars os fãs desenvolvem um sentimento de comunidade com os demais espectadores. Através de determinados rituais – como vestuário ou ornamentação corporal – alguns grupos até mesmo se isolam intencionalmente dos adeptos de outros estilos musicais.

A mistificação também tem um papel forte na comercialização dos artistas, e a indústria de publicidade trabalha avidamente para transformá-los em supersseres humanos.

A fascinante promessa de se transformar num desses super-homens se reflete em formatos televisivos como Idols/ Superstar (criado na Inglaterra em 2001), ou The Voice (Holanda, 2010). Estas e outras franquias basicamente exploram o desejo de milhares de jovens, que sonham com uma carreira estrondosa como músicos.

Fiéis, hereges e falsos sacerdotes

20.06.2013 DW popXport Xavier NaidooCantor soul alemão Xavier Naidoo

O papel da religião para cada músico é bastante diverso. Há cantores religiosos, como o alemão Xavier Naidoo, que expressa sua fé nas letras e também na vida quotidiana. Cristão convicto, ele afirma rezar duas vezes por dia.

Outros empregam símbolos religiosos com o fim de provocar. Como Madonna, ao pintar nas mãos as chagas de Cristo e utilizar o crucifixo para fins pouco ortodoxos. O Vaticano escandalizou-se, enquanto a estrela falava em um sinal de emancipação. No fim das contas, tais ações são, em grande parte, uma esperta estratégia de marketing.

Flash-Galerie Michael Jackson This Is ItLuzes e outros efeitos transformavam Michael Jackson num quase deus

Ainda outros, como Michael Jackson, se celebram no palco com fogo, efeitos de luz bombásticos e impressionantes shows de laser. Segundo psicólogos, cenários desse tipo manipulam a percepção dos espectadores, ao aproximar o artista da imagem de um Redentor que condescende em se apresentar a seu povo. O concerto se converte num ritual pomposo, lançando mão de um simbolismo que lembra o Velho Testamento da Bíblia, em que Deus se mostra em pessoa.

Para os amantes do pop e rock, tais análises são totalmente supérfluas: o importante é se divertir. Como relata um fã de 19 anos: “Quando vou a um show de rock com meus colegas, é uma libertação. A gente voa em direção ao céu. Toda a porcaria da semana, o chefe que enche o saco, de repente tudo isso está lá longe e não faz a menor diferença. Eu me sinto como se tivesse chegado a algum lugar… no meu próprio mundo”.

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Top 10 músicas inesquecíveis de Copa do Mundo

Algumas nos fizeram rir, outras chorar, e as melhores, comemorar! Confira uma lista de hits da Copa do Mundo que marcaram os Mundiais!

Ter uma canção como tema oficial de uma Copa do Mundo é, sem dúvida, um bom negócio. Qual artista não gostaria de se apresentar para uma plateia de 1 bilhão de pessoas, número aproximado de gente que estará ligada no evento de abertura do evento, hein?! Por isso, entra ano de Mundial, sai ano, alguma canção tenta ganhar o título de hino. Qual será o desta Copa?

10. Los Ramblers – El Rock del Mundial (Chile, 1962)

O primeiro a gente nunca esquece, não é mesmo? E por mais que a música não seja a mais popular desta lista, afinal, foi lançada há mais de 50 anos (!!!), é importante por ter dado o pontapé inicial na moda “músicas da Copa” e por ser uma das músicas de maior sucesso do Chile, foram vendidas mais de 2 milhões de cópias. E, ah, nesse Mundial o Brasil foi o grande campeão em vitória contra a Tchecoslováquia. O hit deu sorte?

9. Claudia Leitte, Pitbull e Jennifer Lopez – We Are One (Brasil, 2014)

Bastante criticada, tanto no Brasil, quanto pela imprensa estrangeira, por não dar o devido destaque para a representante brasileira Claudia Leitte, que canta por apenas 15 segundos, a canção foi apresentada na abertura do Mundial no Brasil. Isso, para o bem ou para o mal, já tornou a produção inesquecível e histórica. Você aprovou a escolha?

8. Anastacia – Boom (Coréia do Sul e Japão, 2002)

O ano do Penta! Apesar de uma certa baiana ter feito a festa com sua canção, foi da cantora norte-americana Anastacia a música oficial da Copa. Muito famosa na Europa e Oceania, ela, dona de uma voz potente, foi a aposta da FIFA e tentou fazer de Boom um dos hinos do Mundial, porém a produção foi um fracasso e não conseguiu chegar ao #1 em nenhum país em que foi lançada. “Bola murcha”!

7. K’naan – Wavin’ Flag (África do Sul, 2010)

A Copa de 2010, na qual a Espanha se consagrou a grande vencedora, não foi das melhores em termos de alegrias para o Brasil. Agora, quando o assunto são as músicas produzidas e que fizeram sucesso, a coisa muda de figura. Uma delas em especial, a motivacional Wavin’ Flag, entoada pelo rapper K’Naan, ganhou o carinho de jogadores e torcedores ao redor do mundo. Claro, o hino fazia parte de uma campanha publicitária de uma marca gigante de refrigerantes, o que ajudou em sua divulgação, mas isso não tira o seu mérito. A canção é boa, tocou demais nas rádios, chegou ao 14º lugar das mais executadas no Brasil, e tornou-se inesquecível. Mas aquele ano ainda seria marcado por uma canção que vai ocupar nosso nº 1…

6. Toni Braxton e Il Divo – Time Of Our Lives (Alemanhã, 2006) 

Mais uma canção que se destaca por sua falta de empatia com o público. No ano em que a Itália foi campe㠖 e o Brasil perdeu nas quartas de final -, o “hino” da norte-americana Toni Braxton com o grupo de ópera-pop britânico Il Divo não conseguiu virar um hit. Coube à colombiana Shakira, sempre ela, embalar os momentos de vitória. Cantando Hips Don’t Lie ela fez o show de encerramento do Mundial e a cabeça dos torcedores.

5. Daryl Hall e Sounds of Blackness – Gloryland (Estados Unidos, 1994)

É tetraaaa, é tetraaaa! Nossa, seria essa a melhor Copa de todas – pelo menos para, nós, os brasileiros? A suada vitória do Brasil contra a Itália na emocionante final deixou um gostinho de merecimento! Nesse contexto a quase gospel Gloryland, do norte-americano Daryl Hall com a banda Sounds of Blackness, e música oficial da FIFA, com sua letra de superação conseguiu embalar vários momentos do título. E, bem, eram os anos 1990, né, as baladas estavam em seu auge, que o digam Whitney Houston e Mariah Carey! Mas não dá para esquecer, também, do outro hino que brilhou demais nos corações tupiniquins: Coração Verde Amarelo emocionou, fez todos cantarem em coro e até hoje é o tema do futebol da Globo.

4. Gianna Nannini & Edorado Bennato – Un Estate Italiana (Itália, 1990)

Uma das canções mais emocionantes de todas as copas! Antes das produções para o Mundial começarem a ficar ‘pasteurizadas’ e genéricas, este hino, composto e produzido pelo cultuado italiano Giorgio Moroder, considerado um dos pais da música eletrônica, tocou fundo nos corações dos torcedores naquele ano. Conquistou o topo das paradas na Itália e sucesso na Europa. Clássico!

3. Ricky Martin – La Copa de La Vida (França, 1998)

1998 foi um ano estranho e com certeza, nós brasileiros, preferimos esquecer tudo o que aconteceu naquela Copa (não é, Ronaldo?), mas uma coisa é inegável: Ricky Martin fez todo mundo torcer, dançar e curtir demais a canção La Copa De La Vida, um dos maiores sucessos de sua carreira e primeiro lugar em diversos países, entre eles a Alemanha, terceiro maior mercado do setor. E, ó, nem precisa falar inglês para cantarolar o refrão pegajoso: ‘Go, go, go. Olé, olé, olé!’

2. Ivete Sangalo – Festa (Brasil, 2002)

Simplesmente *A* canção da conquista do pentacampeonato pela Seleção Brasileira! A música, até hoje uma das mais lembradas e bem-sucedidas de Ivete, fez tanto sucesso que era, inclusive, usada pelo técnico Luiz Felipe Scolari para motivar seus jogadores antes dos jogos. A letra casou perfeitamente com o momento de euforia que a população brasileira viveu e fez da cantora baiana a responsável por receber, de cima do trio elétrico, a comitiva do penta em sua volta para o Brasil.

1. Shakira – Waka, Waka (África do Sul, 2010)

Ok, como no caso da canção oficial da Copa de 2014, We Are OneShakiratambém recebeu muitas críticas por tirar o brilho dos artistas africanos, que naquele ano sediavam o Mundial, porém Waka, Waka passou incólume por isso. É, sem dúvidas, a maior canção em termos de alcance e sucesso que uma Copa já produziu. Tanto que o vídeo da música é até hoje, quatro anos depois de lançado, um dos 10 mais vistos do Youtube. Ultrapassou os limites de um Mundial e virou sucesso global. Imperdível: Os 14 goleiros mais gatos da Copa do Mundo 2018 

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A psicologia da música permite um treino eficaz

Para alguns atletas e para muitas pessoas que correm, levantam pesos e fazem exercícios de outra forma, a música não é supérflua, é essencial para o desempenho e um treino satisfatório. Embora algumas pessoas prefiram livros de áudio, podcasts ou sons ambientes, muitos outros dependem de batidas e letras mexendo para manter-se motivado no exercício.

Nos últimos 10 anos, o conjunto de pesquisas sobre músicas de exercício inchou consideravelmente, ajudando psicólogos a refinar suas idéias sobre por que o exercício e a música são de tal emparelhamento eficaz para muitas pessoas, assim como a música muda o corpo e mente durante o esforço físico. Música distrai as pessoas de dor e fadiga, eleva o humor, aumenta a resistência, reduz o esforço percebido e pode até promover a eficiência metabólica. Ao ouvir música, as pessoas correm mais longe, andam de bicicleta e nadam mais rápido do que o habitual, muitas vezes sem perceber. Em uma revisão de 2012 da pesquisa, Costas Karageorghis da Brunel University, em Londres, um dos maiores especialistas do mundo em psicologia da música do  exercício, escreveu que se poderia pensar a música como “um tipo de droga para melhorar o desempenho.”

A seleção de música de treino eficaz não é tão simples como se enfileira uma série rápida.Deve-se considerar as memórias, emoções e associações que evocam canções diferentes. Para algumas pessoas, a medida em que eles se identificam com o estado emocional do cantor e ponto de vista determina como eles se sentem motivados. E, em alguns casos, os ritmos da melodia subjacente pode não ser tão importante quanto a cadência das letras. Nos últimos anos, alguns pesquisadores e empresas têm experimentado novas maneiras de motivar os exercícios através de seus ouvidos, como um aplicativo do smartphone que orienta a fuga do ouvinte a partir de zumbis em um mundo pós-apocalíptico e um dispositivo que seleciona músicas com base na taxa de um corredor .

Deixe seu corpo se mover para a música. A pesquisa sobre a interação de música e exercício remonta a pelo menos 1911, quando o americano Leonard Ayres descobriu que os ciclistas pedalavam mais rápido, enquanto a banda estava tocando do que quando estava em silêncio. Desde então, os psicólogos conduziram cerca de cem estudos sobre a forma de desempenho de mudanças da música nas pessoas em uma variedade de atividades físicas, que variam em intensidade, de passear a corrida. Olhando para a pesquisa como um todo, algumas conclusões são claras.

Duas das qualidades mais importantes da música de treino são:tempo ou velocidade e o que os psicólogos chamam de resposta de ritmo, que é mais ou menos o quanto uma música te faz querer dançar. A maioria das pessoas têm um instinto para sincronizar seus movimentos e expressões com música .Que tipo de música desperta este instinto varia de cultura para cultura e de pessoa para pessoa. Para fazer algumas generalizações, músicas rápidas com batidas fortes são particularmente estimulantes, assim que encher a listas da maioria das pessoas que treinam. Em uma pesquisa recente de 184 estudantes universitários, por exemplo, os tipos mais populares da música de exercício foram  hip-hop (27,7 por cento), rock (24 por cento) e pop (20,3 por cento).

Alguns psicólogos sugerem que as pessoas têm uma preferência inata de ritmos em uma freqüência de duas hertz, o que é equivalente a 120 batimentos por minuto (bpm), ou duas batidas por segundo. Quando lhe pediram para tocar seus dedos ou o pé, muitas pessoas inconscientemente resolaram em um ritmo de 120 bpm. E uma análise de mais de 74 mil canções populares produzidas entre 1960 e 1990 constatou que 120 bpm foi o pulso mais prevalente.

Ao correr em uma esteira, no entanto, a maioria das pessoas parecem favorecer música em torno de 160 bpm. Web sites e aplicativos de smartphones como Songza  ajudam as pessoas a coincidir com o ritmo de sua música de treino para o seu ritmo de corrida, recomendando canções tão rápidas quanto 180 bpm para uma milha de sete minutos, por exemplo. Mas a pesquisa mais recente sugere que um efeito ocorre em torno de 145 bpm, mas nada parece contribuir com a motivação adicional. Na ocasião, a velocidade e o fluxo das letras substituem o ritmo subjacente: algumas pessoas trabalham para canções de rap, por exemplo, com densas letras faladas rapidamente sobrepostas em uma melodia relativamente madura.

Embora muitas pessoas não sentem a necessidade de correr ou se mover no tempo exato com sua música de treino, a sincronia pode ajudar o corpo a usar a energia de forma mais eficiente. Ao mover ritmicamente a uma batida, o corpo não pode ter que fazer ajustes como muitos movimentos coordenados como seria sem regulares estímulos externos. Em um estudo de 2012 por CJ Bacon de Sheffield Hallam University, Karageorghis e seus colegas, os participantes que pedalaram no tempo da música necessitou de menos oxigênio para fazer o mesmo trabalho que os ciclistas que não sincronizaram seus movimentos com a música de fundo. Música, ao que parece, pode funcionar como um metrônomo, ajudando alguém a manter um ritmo constante, reduzindo passos em falso e diminuindo o gasto energético.

 Estendendo esta lógica, Shahriar Nirjon da Universidade da Virgínia e seus colegas desenvolveram um leitor de música pessoal que tenta sincronizar música com o ritmo de um corredor e frequência cardíaca. Acelerômetros e um pequeno microfone embutidos em um par de fones de ouvido avaliam o ritmo do corredor e gravam o pulsar dos vasos sanguíneos. O dispositivo sem fio transmite os dados coletados por meio de um smartphone a um computador remoto que escolhe a próxima música.

Uma pesquisa recente esclarece não só que tipo de música é mais adequada para um treino, mas também como a música incentiva as pessoas a manter o exercício. A distração é uma explicação. O corpo humano está constantemente monitorando si mesmo. Depois de um certo período de duração do exercício, o exato varia de pessoa para pessoa e a fadiga começa a definir. O corpo reconhece sinais de extremo esforço, aumento dos níveis de lactato nos músculos, coração vibrando, o aumento da produção de suor e decide que precisa de uma pausa. Música concorre com esse feedback fisiológico para a atenção consciente do cérebro. Da mesma forma, a música muitas vezes muda a percepção das pessoas de seu próprio esforço durante um treino: parece mais fácil de executar esses 10 milhas ou completar um bíceps extras quando Beyoncé ou Eminem está ali com você.

“Dado que o exercício é muitas vezes cansativo, chato e difícil, qualquer coisa que alivia esses sentimentos negativos seriam bem-vindos”, Karageorghis explica. Os benefícios de distração são mais pronunciadas durante o menor para o exercício de intensidade moderada. Quando se contraem exercícios de alta intensidade, a música perde o seu poder para substituir as sensações físicas de cansaço, mas ainda pode mudar a maneira como as pessoas respondem a essa fadiga. A música certa eleva o humor e convence as pessoas para enfrentar ondas de exaustão, em vez de desistir. Karageorghis adverte, porém, contra a ouvir música durante a execução em áreas fortemente traficadas quando a distração de fadiga é grande, desde que não a coloque em perigo.

 A música também aumenta a resistência, mantendo pessoas inundada de emoções fortes. Ouvir música é muitas vezes uma experiência extremamente prazerosa e certas canções abrem as comportas mentais para as pessoas que controlam suas emoções em situações cotidianas. Se um identifica fortemente com as emoções do cantor ou perspectiva, a música torna-se mais motivacional.

Considere uma música de filme favorito de algum musical ou show da Broadway, como “One Day More” de Les Misérables, uma canção conjunto com uma melodia complexa e construção de energia ou “Defying Gravity” de mau, em que Elphaba, um personagem central, promete superar todos os limites impostos sobre ela. Além de melodias emocionantes e vocais, tais canções chamam imediatamente o ambiente inteiro do desempenho e despertam memórias de caracteres específicos que fazem parte de uma narrativa complexa. Esta malha de associações e conotações não fornece apenas uma perspectiva inspiradora para adotar, mas também toda uma realidade alternativa para entrar durante a execução  do exercício na esteira da academia.

A resposta emocional das pessoas à música é visceral. É, em parte, enraizada em algumas das mais antigas regiões do cérebro em termos de história evolutiva, e não no córtex humano que evoluiu mais recentemente.

Os cientistas sabem agora que, apesar de diferentes regiões do cérebro humano se especializam em diferentes sentidos de processamento de som, visão, tato, o cérebro usa a informação que recebe de um sentido para ajudá-la a entender o outro. O que as pessoas vêem e sentem ao ouvir voz ou música, por exemplo, as mudanças que ouvem. Música e movimento são particularmente envolvidos no cérebro. Estudos recentes sugerem que, mesmo se alguém está sentado perfeitamente ainda ouvindo música agradável aumenta a atividade elétrica em várias regiões do cérebro importante para os movimentos de coordenação, incluindo a área motora suplementar, cerebelo, gânglios basais e no córtex pré-motor ventral.

Na verdade, o cérebro humano pode ter evoluído com a expectativa de que, sempre que há música, há movimento, embora essa idéia emerge mais das mentes criativas de especular psicólogos evolucionistas que de evidência experimental. Antes da invenção das flautas de cana e outros instrumentos musicais, os nossos antepassados ​​provavelmente produziam as primeiras formas de música, cantando, gritando,  ou usando as cordas vocais, assim como fisicamente interagiam com seus próprios corpos, de outras pessoas e do meio ambiente. Um ritmo rápido provavelmente teria exigido movimentos rápidos: palmas rápidas ou pé estamparia, talvez. Profundas, sons altos teriam exigido grande energia e força cantando uma nota ou bater no chão ou uma pedra. Em sua concepção, a música era provavelmente uma extensão do corpo humano. Talvez o cérebro lembra-o dessa maneira.

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Especial Sertanejo: revisite a história do gênero musical que é o maior sucesso do Brasil

No princípio, era a viola. A viola e o caipira. Tudo foi feito por ele; e nada do que tem sido feito foi sem ele. Nas escrituras sacramentadas da cultura nacional mais enraizada, o homem do interior do Brasil é o criador; e a música hoje chamada sertaneja, a criatura. Em sua fase mais genuína, cantadores interpretavam em dueto modas e toadas sobre temas simples, como a lida no campo, a vida e a morte. Esse momento vingou até meados dos anos 1940. Atualmente, são as mulheres que dominam as paradas de sucesso com um discurso empoderado, e a mistura musical é tamanha que mal identifica o gênero. Nesse meio tempo, o sertanejo passou por pequenas revoluções e grandes transformações, mas nunca saiu de moda. Ganhou até um dia no calendário para chamar de seu!

— Em 1964, violeiros passaram a fazer romarias a Aparecida do Norte. Fomos eu e minha irmã com Tonico & Tinoco, para agradecer. Era 3 de maio. A rádio local soube da nossa presença e pediu para cantarmos. Depois, sugeriu que voltássemos no ano seguinte. Desde então, a data nunca passa em branco por lá. Todo ano tem apresentações de música sertaneja em Aparecida, e nós sempre estamos presentes. Do grupo original, que ainda tinha Geraldo Meirelles e Comendador Biguá, só eu e Marilene estamos vivas. Somos testemunhas oculares da História — orgulha-se Mary, uma das irmãs Galvão, ao relembrar.

Grupo de violeiros em Aparecida
Grupo de violeiros em Aparecida Foto: Reprodução de internet

Conhecidas pelo hit “Beijinho doce”, As Galvão são a dupla sertaneja mais antiga do Brasil em atividade: este ano, completam sete décadas de carreira. Mary e Marilene começaram a se apresentar com 7 e 5 anos de idade, respectivamente, na Rádio Club Marconi, de Paraguaçu Paulista, interior de São Paulo, incentivadas pelos pais, uma costureira e um alfaiate, que cuidavam para que as meninas estivessem sempre impecáveis em cena.

— Lembro bem a primeira música que cantamos juntas, em 1947: “La ultima noche que pasé contigo”. Era um tango pornográfico! (risos). Naquela época, não tinha música para criança, não existia a Xuxa. Então, a gente repetia as canções que faziam sucesso. Acho que agradamos por sermos fofinhas, pequenininhas, afinadas. A emissora decidiu fazer da gente uma dupla profissional — conta Mary, aos 77 anos.

O radialista Geraldo Meirelles
O radialista Geraldo Meirelles Foto: Reprodução

A longeva carreira da dupla será comemorada com o lançamento de um livro, no próximo sábado, dia 13. E estão no forno um documentário e um DVD, o primeiro delas (!), gravado em janeiro do ano passado, com a presença de outros sertanejos: Daniel, Chitãozinho & Xororó, Sérgio Reis, Marciano, Dani & Danilo e Guilherme & Santiago.

— Não planejamos chegar a essa marca. Hoje, estamos sendo paparicadas, convidadas para os programas mais importantes. Este é realmente o momento de ouro da nossa trajetória — afirma Mary, homenageada em 2013, ao lado da irmã, com um memorial em Sapezal, distrito de Paraguaçu Paulista, onde elas iniciaram a caminhada profissional: — Não conheço outros artistas que tenham tido esse reconhecimento em vida. As coisas devem ser feitas e faladas enquanto a gente ainda está aqui para ver. Os artistas precisam saber que são importantes para a música nacional em vida. Os brasileiros deveriam prestar mais atenção nisso!

Mary e Marilene com 7 e 5 anos, respectivamente, quando começaram a cantar
Mary e Marilene com 7 e 5 anos, respectivamente, quando começaram a cantar Foto: Arquivo pessoal

Pesquisador de cultura popular e autor do livro “De caipira a universitário — A história do sucesso da música sertaneja”, Edvan Antunes, de 52 anos, concorda com a veterana:

— A gente tem um problema: ama só o que vem de fora. Artista competente, mas do interior do Brasil, não tem valor, infelizmente. Deveríamos estar exportando a música de raiz, há muito tempo. Se os japoneses ouvissem “O menino da porteira”, mesmo que no instrumental, aplaudiriam de pé.

Foi depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que a música caipira começou a se contaminar por influências externas. Instrumentos como a harpa, o acordeão, o trompete e o violino juntaram-se à viola e ao violão.

— Nos anos 50, os artistas começaram a gravar músicas paraguaias e mexicanas. Um compositor chamado Palmeira, que fazia dupla com Biá, foi quem aplicou o termo “sertanejo” a essa nova música, que já não era mais tão pura — explica Antunes, acrescentando que os locais de performance das duplas eram originalmente os circos, alguns rodeios e, principalmente, as rádios AM.

Tonico & Tinoco: música de raiz
Tonico & Tinoco: música de raiz Foto: Arquivo

O chamado “ritmo jovem” marcou a era moderna do sertanejo no fim da década de 1960. A inspiração era claramente a Jovem Guarda e o rock ‘n’ roll, e a temática romântica veio nessa onda. Defensor obstinado do estilo caipira genuíno, o músico, ator e apresentador Rolando Boldrin, de 80 anos, acompanhou essas transformações. Mas com pesar.

— As duplas mais moderninhas começaram a aderir a esse modismo americano do country, e aí a música caipira tradicional foi sendo esquecida. Virou uma coisa só, pasteurizada. Dou um exemplo: Sérgio Reis era um rapaz da capital, não usava chapéu, botas nem fivela, cantava música da Jovem Guarda. De repente, adotou as vestimentas do faroeste, começou a gravar modas de interior, vendeu muito disco, ficou famoso. Tudo apelo do mercado! — critica Boldrin: — Caipira virou termo pejorativo, então começaram a usar “sertanejo”. Mas, para mim, música sertaneja é a nordestina, de Luiz Gonzaga, Luiz Vieira, Belchior. Esse chamado novo sertanejo pegou como praga, hoje tem 200 mil duplas e milhões de fãs. Que saudade tenho dos geniais Pena Branca & Xavantinho!

Rolando Boldrin: defensor da cultura caipira
Rolando Boldrin: defensor da cultura caipira Foto: Divulgação

Léo Canhoto & Robertinho foi a primeira dupla a usar equipamentos eletrônicos numa gravação. Os dois, que ousaram também no visual, com cabelos compridos e roupas mais estilosas, chegaram a ganhar disco de ouro e lançaram filmes e peças de teatro com a temática bangue-bangue.

— Os caras compravam nossos discos até fora do país, no México e no Uruguai. Éramos dois jovens bonitos, mandávamos fazer roupas no alfaiate, cantávamos perfumados… A mulherada caía em cima! (risos) — brada Leo Canhoto, de 78 anos de idade e 46 de carreira, cujo ídolo sempre foi Elvis Presley: — Nunca fui fã da forma caipira de cantar e se vestir. Queria uma coisa mais urbana e, em 1973, cismei de colocar guitarra elétrica, bateria e contrabaixo nas músicas. Fui muito criticado, mas vencemos, e todos nos seguiram.

Leo Canhoto & Robertinho hoje
Leo Canhoto & Robertinho hoje Foto: Divulgação

Na levada da ousadia, a dupla Milionário & José Rico estourou nos anos 70. Com visual excêntrico, eles se tornaram “As gargantas de ouro do Brasil”. “Estrada da vida”, sucesso dos dois, virou filme em 1978, dirigido por Nelson Pereira dos Santos.

— Sempre fui muito fã de Tonico & Tinoco, viramos grandes amigos até. Mas achava que a música sertaneja devia ser tratada com mais carinho. Busquei influências no México e no Paraguai para mudar as nossas apresentações. Deu certo! Os dois meninos de infância pobre viraram Milionário & José Rico — brinca Milionário, que, com a morte do primeiro companheiro, em 2015, formou nova dupla com Marciano (cujo parceiro, João Mineiro, também se foi, em 2012): — Essa nova parceria foi uma forma de me manter em atividade. Fiquei um ano parado, apareceu essa oportunidade e topei. A gente se dá muito bem! Estou com 77 anos, não penso em me aposentar ainda. Vou cantar até quando der, morrer em cima do palco.

Milionário & José Rico mais recentemente
Milionário & José Rico mais recentemente Foto: Fabio Nunes/Divulgação

CURIOSIDADES

A viola

Uma das versões históricas sobre a viola diz que ela chegou ao Brasil trazida pelos colonizadores portugueses. Descende de um instrumento árabe, o alaúde, que chegou à Península Ibérica durante a invasão moura. Lá, ele se misturou com outros instrumentos medievais. Daí surgiu a “vihuela de mano”, que se chamaria viola, posteriormente.

Sedução

Os jesuítas usavam a viola para catequizar os índios, que se aproximavam admirados com o som do instrumento. Quando os bandeirantes partiram para conquistar o interior do Brasil, levaram a viola para espantar a solidão, e acabaram atraindo as índias, com quem se relacionavam sexualmente. Seus filhos eram os caboclos.

Caipirês

Os primeiros caboclos tocavam viola e cantavam usando um linguajar muito peculiar: misturavam o que aprendiam do pai português e da mãe indígena. Como não conseguiam pronunciar o som do “lh”, palavras como “telha” e “palha” viravam “teia” e “paia”, o famoso caipirês.

Caipira

O termo “caipira” também tem origem na linguagem indígena. Quando viam o homem branco se aproximando com chapéus gigantes, os tupis gritavam “Kaa pira!”, que significa “cortador de mato”.

Moda de viola

A música caipira tem uma temática rural e, segundo Cornélio Pires (jornalista e folclorista brasileiro responsável pelas primeiras gravações em disco do gênero), se caracteriza “por suas letras românticas, por um canto triste que comove e lembra a senzala e a tapera, mas sua dança é alegre”. O termo “moda de viola”, usado por Cornélio, é o mais antigo nome da música feita pelo caipira.

Michel Teló: de volta com o
Michel Teló: de volta com o “Bem sertanejo” Foto: Rede Globo/Divulgação

De volta ao “Fantástico”

Sucesso em 2014, o quadro “Bem sertanejo” — que depois virou DVD, livro e peça teatral (o espetáculo chega ao Rio na próxima quarta-feira, dia 10) — volta hoje ao “Fantástico”, na Globo, para mais duas temporadas, cada uma com quatro episódios.

Desta vez, Michel Teló estará a bordo de um food truck, oferecendo aos convidados do dia um prato típico da região onde eles nasceram. Na estreia, Teló estaciona o carro no Tocantins, onde conversa com as duplas Maiara & Maraísa e Henrique & Juliano, além do cantor Rick, que formou dupla com Renner.

— Vamos nos encontrar com cantores que não conseguimos na primeira temporada e trazer novidades, como músicas que não havíamos cantado e curiosidades — diz Teló, que, em casa, costuma receber os amigos para um bom e tradicional churrasco: — Somos uma família festeira e, desde muito pequeno, fui acostumado a grandes encontros, com muita comida típica e música. Mas não sou tão bom assim na cozinha (risos).

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