Posts da categoria

Notícias

Notícias

Refúgios musicais se multiplicam em meio à pandemia

Dentre as artes valorizadas e recicladas pelas circunstâncias da pandemia, a música revela-se uma das principais. Capaz de transmitir e intensificar sentimentos, tem sido uma grande aliada para encontrar maneiras de se recompor perante a crise global. Uma pesquisa realizada pela plataforma de streaming Deezer, com 11 000 entrevistados de diversos países, apontou que 30% deles ouvem música para combater a solidão imposta pelo isolamento social. Enquanto ouvintes exploram as canções como auxílio na quarentena, músicos descobrem maneiras reinventar a profissão e continuar produzindo. Thiago Massimino, integrante da banda Double Face, ao lado do irmão Diego, conta que, no início do isolamento social, utilizaram o “poder de recriação com a ideia de fazer shows no próprio condomínio”. Além de entreter os vizinhos, eles buscavam arrecadar alimentos para doar aos mais prejudicados com a pandemia. Assim criaram o projeto “Alimente com música”.

Thiago lembra que, quando decretada a quarentena, ele e seu irmão ficaram “bastante assustados”, pois estavam numa escala crescente de trabalhos. Com músicas tocando nas rádios, clipe na TV e agenda de shows, precisaram de “um tempo para perceber que nada daquilo seria possível durante um determinado período”. Aí veio a ideia de fazer um show no condomínio.

Os vizinhos apoiaram a iniciativa num grupo de WhatsApp, e as apresentações deslancharam no compasso da solidariedade. Quase trinta shows arrecadaram seis toneladas de alimentos. Thiago comemora a capacidade de recriação aguçada com a pandemia:

“Acredito que sempre devemos olhar para tudo o que acontece de maneira positiva. Os pontos negativos são apenas obstáculos que temos que vencer. Vimos que podíamos nos manter acesos em relação à música, levar entretenimento para algumas pessoas e arrecadar alimentos para os mais necessitados.”

Apesar deste sucesso, o músico relata que a quarentena encurtou a receita, prejudicada pelo cancelamento de shows, e frustrou o plano de impulsionar a carreira em 2020. Por outro lado, Thiago reitera que se reinventar e continuar trabalhando, mesmo de forma voluntária, foi importante para que “seguissem em frente e, principalmente, ajudar em um momento tão delicado.” Os shows acompanhados pelas janelas eram acolhidos com exclamações como “Você salvou meu dia!” e “Vocês fizeram o meu aniversário mais feliz!”. Esses “sentimentos bons”, diz Thiago, jamais serão esquecidos.

A música também teve grande importância para vestibulandos. Maria Eduarda Alvim, de 18 anos, conta que as experiências musicais na pandemia foram fundamentais para ela superar preocupações com o vestibular e problemas pessoais acentuados na crise sanitária. Com o auxílio da música, a estudante superou, angústias, inquietações e os pensamentos de desânimo e de desistência: “Posso dizer que foi um refúgio ter a música durante esse isolamento. As letras podem sempre ajudar em qualquer situação e a melodia, de um jeito ou de outro, ajuda a acalmar. Eu amo música, não sei se aguentaria um dia sem.”

O músico e psicólogo Luiz Palizza explica que a música é um potente canal expressivo de sentimentos e afetos em conexão com a coletividade. Quando “integrada à interioridade do sujeito”, torna-se uma ferramenta de transformação. De acordo com o especialista, a música também pode ser usada como uma espécie de anestésico para a angústia. Mas ele prefere o uso “reflexivo, expressivo e afetivo”, que contribui para a liberação de hormônios importantes ao bem-estar, como a dopamina e a oxitocina.

As propriedades relaxantes contrastam, porém, com a aflição vivenciada por músicos autônomos cuja renda, sustentada por aulas particulares e shows em bares, despencou na pandemia. Estudante de Licenciatura de Música na Unirio, Lucas Rodrigues, de 22 anos, recorda que a perda dos alunos no início da quarentena foi a sua maior preocupação. A angústia inicial deu lugar, contudo, à animação com novas frentes de trabalho abertas com aulas e apresentações digitais:

“Muitos músicos aprenderam a dar aulas online, filmar a si mesmos com uma boa qualidade, produzir vídeo, gravar o próprio som, regular, mixar. A capacidade do músico de se reinventar e de empreender cresceu de forma exponencial”, observa.

Segundo dados do Youtube, a procura por conteúdos ao vivo cresceu 4.900% no Brasil durante a pandemia. De acordo com a consultoria americana Tubular Labs, especializada no segmento de vídeos na internet, o crescimento de transmissões ao vivo pelo Youtube no fim de março do ano passado, fase inicial da quarentema, foi de 19%. Isso corresponde a uma média de quase 3,5 bilhões de minutos de conteúdo por dia.

A ciência explica por que buscamos sistematicamente a música para reequilibrar a realidade. A cantora, compositora e PhD em neurociência Julie Wein ressalta que temos uma ligação intrínseca com a música, desde o nascimento. As primeiras coisas que o sistema auditivo entende são as melodias. Além disso, Julie especialista destaca o poder musical sobre as emoções, “porque o processamento cerebral envolve a interação de outros sentidos, como a visão e a audição”.

Julie acrescenta que a música pode atuar de forma positiva nesse período de distanciamento, aflorando sensações como alegria, serenidade, nostalgia e até tensão – assim como um amigo. Ela afirma também que a experiência musical é capaz de contribuir para a liberação hormônios que ajudam a regular algumas funções vitais do corpo:

“Os estudos sobre neurociência nos últimos 20 anos vêm mostrando que a música pode ativar esse circuito. A atividade de uma região específica desse circuito, chamada nucleus accumbens, é capaz de prever o nível de prazer evocado por determinada música em uma pessoa. Essa relação está diretamente ligada à liberação de hormônios do prazer. Além disso, a música pode atuar de forma benéfica sobre a pressão sanguínea e batimento cardíaco, entre outras reações fisiológicas positivas”.

A música revela-se uma potente aliada da saúde mental. O musicoterapeuta clínico Rodrigo Félix recorre ao conceito do musicólogo Victor Zukerquendle para enfatizar a influência “biopsicosocioespiritual”:

“Somos homomúsicos, ou seja, a música está dentro dos nossos arquétipos. Ela é um fenômeno humano, nos influenciando psicologicamente, fisiologicamente e espiritualmente. Somos seres musicais, daí a predisposição natural que temos para fazer música e sermos tocados por ela.”, argumenta.

Nem sempre as músicas lentas e instrumentais são as mais indicadas para acalmar, aliviar o estresse acentuado por privações e incertezas como as decorrentes da pandemia. O psicólogo Luiz Palizza explica que cada pessoa reage de forma específica a estímulos musicais, a partir de gostos e referências particulares. Se um estilo traz serenidade para uma pessoa, ele pode desencadear emoções opostas noutra. De qualquer forma, Palizza reforça a tese, testada ao longo dos últimos 12 meses, de que a música nos reinventa profissional e socialmente.

Anna Luiza Barreto, Bruna Abinara, Jeane Moraes, Renata Marins e Vitória Lemos*, estudantes de comunicação, sob supervisão dos professores da universidade e revisão final de VEJA RIO

Fonte: https://vejario.abril.com.br/puc-rio/refugios-musicais-pandemia/

Notícias

Alegria, concentração, relaxamento: como a música mexe com nosso humor

Euforia em uma festa, tristeza ao lembrar de um coração partido, mais concentração para trabalhar. Não importa a situação, parece que sempre há uma música que evoca e potencializa as nossas emoções.

A ciência já comprovou que a música tem mesmo esse poder de mexer com o nosso humor. Uma pesquisa desenvolvida na Universidade da Califórnia e publicada em janeiro deste ano, por exemplo, mostrou que ouvir música pode despertar pelo menos 13 sentimentos: diversão, alegria, erotismo, beleza, relaxamento, tristeza, devaneio, triunfo, ansiedade, medo, aborrecimento, desafio e empolgação.

Mas por que isso acontece? Uma das explicações está no fato de que nosso humor está diretamente relacionado aos neurotransmissores serotonina e dopamina, e a música tem a capacidade de estimular esses circuitos, modulando nossos sentimentos.

Além disso, a memória que determinada música evoca também influencia no sentimento que aquela canção proporciona. Ao longo da vida, vamos fazendo diversas associações entre determinados padrões musicais e emoções. Então, nosso cérebro reage de forma semelhante a cada tipo de música – o que pode explicar, inclusive, porque consideramos algumas músicas boas e outras ruins.

Outro efeito que a música exerce é mexer com a nossa concentração. Ela é capaz de mudar o estado de alerta, adaptabilidade e receptividade de novas informações.

Assim, no curto prazo, ouvir determinadas canções pode melhorar a concentração. Já no longo prazo, pode facilitar a absorção de novos padrões e o aprendizado de linguagens e informações.

E o melhor: esses benefícios valem para crianças e adultos. Por isso, os especialistas recomendam ouvir sempre estilos e instrumentos diferentes, para estimular mais o cérebro.

Música chiclete

Sabe aquela música que faz um enorme sucesso e não sai da sua cabeça, mesmo que você não goste dela? Isso também tem uma explicação.

Algumas “fórmulas” de ritmos e melodias são mais fáceis de assimilar e, por isso, segundo a ciência, viram hits. Uma pesquisa realizada pela Associação Americana de Psicologia em 2016 investigou as chamadas “earworm” (vermes de ouvido, na tradução literal) e encontrou alguns padrões nesse tipo de música.

“Essas canções costumam ser mais rápidas, com uma melodia bastante genérica e fácil de lembrar, mas com alguns intervalos particulares, como saltos ou repetições que as diferenciam de outras canções”, afirma Kelly Jakubowski, principal autora do estudo.

Melodias e harmonias simples, assim como letras fáceis e padrões silábicos, também ajudam a música a ficar na nossa mente. Além disso, doses certas de surpresa e expectativa correspondida trazem satisfação quando ouvimos música.

FONTE: https://g1.globo.com/especial-publicitario/a-vida-e-pra-ja/noticia/2021/02/16/alegria-concentracao-relaxamento-como-a-musica-mexe-com-nosso-humor.ghtml
Notícias

O que é a musicoterapia e qual o seu potencial?

Antes de falar da musicoterapia, cabe pensar no efeito da música. Veja só: a cacatua Snowball virou febre no YouTube. Seus vídeos chegam a 7 milhões de visualizações. Neles, a ave dança e chacoalha a cabeça ao som de hits do cantor Michael Jackson e da banda Queen. Esse requebrado todo chamou a atenção de cientistas das universidades americanas Tufts e Harvard, que resolveram investigar a fundo essa habilidade única. Eles descobriram que o pássaro, morador de um santuário na cidade de Duncan, na Carolina do Sul (EUA), é capaz de realizar 14 movimentos, que variam conforme a batida das canções.

O bailado de Snowball pode até parecer inusitado e arrebatar milhões de espectadores. Mas você já parou pra pensar sobre a influência que a música tem sobre nós, seres humanos? Afinal, ela está presente em todas as fases da vida e dita o ritmo das mais variadas situações e momentos. Pode reparar: até mesmo os bebês recém-nascidos fazem sons com a boca e são atraídos por barulhos muito antes de dizerem as primeiras palavras.

Para a ciência, não há dúvidas de que a música tem um impacto nas emoções, no comportamento e, em última análise, até na saúde de cada um de nós. Quando tocamos um instrumento ou ouvimos alguma gravação, diversas áreas do cérebro são instigadas — poucas atividades intelectuais têm um efeito tão amplo.

“Regiões responsáveis por atividade motora, memória, linguagem e sentimentos são recrutadas para interpretar os estímulos sonoros”, destrincha a enfermeira Eliseth Leão, pesquisadora do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, na capital paulista.

Mas essas reações não se limitam à massa cinzenta. Experimentos mundo afora vêm testando e reconhecendo o poder terapêutico das melodias para enfrentar os males que abalam a mente e também o corpo. Tanto é que estudiosos já ousam encará-las como um remédio de verdade, com prescrição de dose e esquema de uso.

Os trabalhos pioneiros nessa área foram iniciados na psiquiatria e mostraram que as composições têm um papel a cumprir em doenças como a ansiedade e a depressão.

“Elas também são capazes de reduzir o nível de estresse durante um procedimento cirúrgico, baixam a pressão arterial e a frequência cardíaca e até aceleram a recuperação após uma sessão de exercícios físicos”, lista o fisiologista Vitor Engrácia Valenti, da Universidade Estadual Paulista, em Marília, que publicou uma série de pesquisas que investigam essas questões. Mas será que todos os estilos musicais têm o mesmo efeito?

Os efeitos de cada estilo musical na saúde Intuitivamente, nós sabemos selecionar o melhor tipo de som para cada ocasião. Na academia de ginástica, por exemplo, preferimos ritmos mais acelerados, que ajudam a dar aquele gás extra para o esforço físico. Já durante a meditação ou a leitura, apostamos em composições mais calmas, que auxiliam a focar e relaxar. Mas é preciso considerar que isso muda de acordo com o lugar onde você nasceu.

“Na cultura ocidental, batidas mais rápidas e progressivas são sinal de alegria, enquanto um compasso lento denota certa tristeza”, ensina o neurocientista Raphael Bender, do Centro Estadual de Educação Profissional Professora Lourdinha Guerra, em Parnamirim, no Rio Grande do Norte. Em alguns países orientais, essa lógica se inverte.

Com base nessas observações, cientistas começaram a questionar se havia um estilo musical que fosse mais vantajoso que os outros. A escolha natural na maioria das pesquisas são as músicas clássicas compostas por Mozart, Bach ou Vivaldi. “É impressionante como elas continuam a transmitir uma mensagem mesmo após três ou quatro séculos de seu lançamento”, observa Eliseth.

Porém, não dá pra cravar que esse seja o estilo mais saudável de todos. Ora, se você não curte a Nona Sinfonia de Beethoven, escutá-la repetidamente só vai deixá-lo mais incomodado. Por isso, nesse processo é essencial botar na balança os gostos pessoais de cada um.

Como funciona a musicoterapia
É justamente aí que entra a figura do musicoterapeuta, profissional que faz uma graduação ou uma pós-graduação com o objetivo de aplicar a música como um tratamento compl…

Por meio das canções, essa recuperação se torna mais suave e natural. O mesmo princípio se encaixa em outras doenças, como o Alzheimer e o Parkinson.

Há tentativas ainda mais sofisticadas que envolvem criar melodias específicas voltadas para tratar determinadas condições, como o zumbido ou o excesso de estresse. É o que faz o maestro Marcelo Fagundes de São Paulo, que desenvolveu um aplicativo com as chamadas músicas binaurais.

“Por meio de fones, nós mandamos frequências de sons diferentes para os ouvidos direito e esquerdo, o que traz um ganho o que traz um ganho ao cérebro”, conta Fagundes. Pesquisas estão em curso para mensurar a eficácia dessa estratégia.

De maneira geral, a ciência precisa evoluir bastante antes de realmente entendermos todas as potencialidades da música em nossa saúde e a prescrição delas como um medicamento. Enquanto esse dia não chega, nos resta botar o fone de ouvido (em um volume não tão alto, por favor), relaxar e curtir os cantores e instrumentistas que deixam a mente leve e feliz — quem sabe até remexendo o corpo feito a cacatua Snowball.

As aplicações terapêuticas da música com maior número de evidências científicas

Estresse: tons calmos e alegres aliviam a tensão do dia a dia e aplacam o nervosismo acumulado.

Hipertensão: o coração tende a acompanhar as batidas da música. Se o ritmo for mais lento, a tendência é a pressão cair.

Parkinson: percussões bem demarcadas ajudam no tremor e na marcha. A musicoterapia é uma boa pedida aqui.

Autismo: brincar com instrumentos é uma forma de interagir com os outros e estabelecer laços sociais fortes.

AVC: as letras e composições são uma tática para recordar palavras perdidas após um derrame.

Dor: experimentos viram que a quantidade de analgésicos usados após a cirurgia era menor em quem escutava música.

Aprendizado: canções e paródias são um recurso usado por professores para ajudar os alunos a memorizar certos conteúdos.

 

Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/o-que-e-a-musicoterapia/

 

 

Notícias

Músicos têm conexões estruturais do cérebro mais fortes

Uma pesquisa publicada na revista científica JNeurosci mostrou que o cérebro de músicos, independentemente da presença de ouvido absoluto, apresentam conexões estruturais e funcionais – a atividade sincronizada das regiões do cérebro – mais fortes do que as de não músicos.

Ouvido absoluto é o nome dado à capacidade de perceber e identificar todas as notas que se ouve sem nenhuma referência. É uma condição extremamente rara, presente apenas em uma a cada 10 mil pessoas. A habilidade nada tem a ver com o aparelho auditivo, mas sim com o cérebro.

Segundo a ciência, indivíduos com ouvido absoluto têm maior capacidade no lado esquerdo do cérebro, responsável pelo pensamento lógico e também lugar onde os sons são processados. A condição normalmente se manifesta em músicos, mas não exclusivamente.

A pesquisa contou com 153 participantes, homens e mulheres; destes, 52 eram músicos com ouvido absoluto, 51 músicos sem ouvido absoluto e 50 não músicos. O objetivo era compreender os efeitos de ser músico e/ou ter ouvido absoluto na conectividade funcional e estrutural cerebral.

O resultado mostrou que não há muita diferença entre os cérebros dos músicos com e sem ouvido absoluto e que, quando comparados a não músicos, os dois tipos têm conectividade funcional mais forte nas regiões auditivas dos dois hemisférios cerebrais.

Os músicos também apresentaram conexões de matéria branca, que modula a distribuição de ações potenciais e coordena a comunicação entre diferentes regiões cerebrais, mais fortes entre as regiões auditivas e lobos cerebrais envolvidos em processamento de alto nível.

A pesquisa também mostrou que a idade em que o treinamento musical tem início é de suma importância no desenvolvimento do cérebro. Aqueles que começaram seus estudos mais jovens apresentaram conexões estruturais mais fortes do que os músicos que começaram mais tarde.

Assim, fica evidente como experiências adquiridas, especialmente no início da vida, e habilidades aprimoradas, neste caso musicais, são impressas no cérebro humano.

Tocar um instrumento musical é benéfico à saúde mental

O Spotify, plataforma de streaming de música, encomendou um estudo científico publicado no site Consequence of Sound que revelou que 89% dos adultos afirmaram se sentirem mais felizes, relaxados e sem estresse ao tocarem um instrumento musical.

A pesquisa apontou que 56% das pessoas entrevistadas disseram se sentir relaxadas ao tocar um instrumento musical. Outras 48% se sentem mais satisfeitas e 43% declararam sentir paz e com menos ansiedade.

Os resultados revelaram que mais de um terço das pessoas dizem que tocar um instrumento promove um “senso de propósito na vida”. A partir do estudo, foi possível observar que a música tem um impacto muito positivo na saúde mental dos seres humanos.

A importância das aulas de música

Glenn Schellenberg, compositor canadense e professor de psicologia na Universidade de Toronto Mississauga, publicou um estudo que afirma a importância das aulas de música. Para ele, são experiências únicas por envolverem aspectos como horas de prática individual, leitura à primeira vista, atenção, concentração, percepção de ritmo, treinamento auditivo, feedback do professor e exposição à música.

Juntamente disso, ao aprender música a pessoa desenvolve habilidades gerais, tais quais: atender rapidamente a informações temporais, detectar agrupamentos temporais, desenvolver atenção a várias formas de sinais, aprimorar a sensibilidade emocional e a expressividade e desenvolver habilidades motoras finas.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/bem-estar/noticias/37275-musicos-tem-conexoes-estruturais-do-cerebro-mais-fortes

Notícias

Pessoas deveriam ouvir pelo menos 78 minutos de música por dia, diz estudo

Que música faz bem ao corpo e à mente a gente já sabe, né? Agora, um estudo está nos mostrando até a dose diária ideal para ficar bem feliz.

Deezer encomendou uma pesquisa com a British Academy of Sound Therapy que aponta o tipo de música e o tempo necessário de escuta para obter benefícios ao bem-estar físico e emocional.

A pesquisa analisou a relação entre a música e saúde e estudou vários fatores, incluindo estilos, humores e gêneros musicais. A análise foi feita a partir de dados coletados em entrevistas feitas com mais de 7.500 pessoas, distribuídas por todo o Reino Unido, Estados Unidos, França, Alemanha, Brasil, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Egito.

O estudo ainda mostra que o bem estar independe de gosto musical, e aponta a quantidade de minutos necessárias para cada sentimento, comparando com a “Dose Diária Recomendada” (RDA – Recommended Daily Allowance).

  • 14 minutos de músicas animadas para se sentir mais feliz (18% de seu RDA)
  • 16 minutos de músicas relaxantes para se sentir mais tranquilo (20,5% do RDA)
  • 16 minutos de qualquer música para superar a tristeza (20,5% da sua música RDA)
  • 15 minutos de músicas motivadoras para ajudar na concentração (19% da RDA)
  • 17 minutos de qualquer música para ajudar a controlar a raiva (22% de RDA)

Incrível, não? Frederic Antelme, vice-presidente de conteúdo e produção da Deezer, falou um pouco sobre os dados:

” A música influencia nossas vidas e, na Deezer, tentamos entender e abraçar o relacionamento que as pessoas têm com suas faixas favoritas. Agora, fomos capazes de aprofundar ainda mais esse relacionamento e ver como as pessoas usam a música para gerenciar diferentes estados mentais. É um estudo fascinante. Os resultados oferecem uma ideia de como a música pode ser usada para administrar nossa saúde emocional e mental diariamente, especialmente quando você tem uma ampla biblioteca na ponta dos dedos.”

O estudo descobriu que, em média, as pessoas devem ouvir um mínimo de 11 minutos de música para desfrutarem de seus benefícios terapêuticos. A única exceção foi a felicidade — os participantes relataram sentirem-se mais felizes em apenas cinco minutos depois de ouvir faixas alegres. Eles também relataram que se sentem com mais satisfação em relação à vida (86%), com mais energia (89%) e mais disposição a dar risadas (65%) após ouvirem músicas com uma pegada ‘good vibes’.

E o Rock?

É claro que o estilo também aparece com destaque na pesquisa. Um terço dos entrevistados (28%) relatou que o Rock ajuda a processar sentimentos de raiva, com “Highway to Hell”, do AC/DC, apontada como a melhor escolha de música para se ouvir.

Faz todo sentido, hein?

 

Fonte: https://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2020/04/17/78-minutos-de-musica-estudo/

Notícias

Estudo comprova que música aumenta motivação durante a prática de exercícios físicos

Jovem ou com idade mais avançada, com 1 ou 100 anos, a música consegue atingir a todas as pessoas de alguma maneira. Seja para ajudar na rotina diária, durante o descanso, para passar o tempo, para dançar e cantar alto. As batidas das músicas são contagiantes e fazem parte do dia a dia. Além dela conseguir mudar o humor das pessoas, ela também traz aquele fôlego extra para quem está praticando alguma atividade física; e inclusive influencia na performance durante a prática esportiva.

De acordo com uma pesquisa das universidades de Verona e de Milão, na Itália, a performance das pessoas durante o treino ao escutar canções com ritmos acelerados e lentos, tende a seguir o ritmo dado pela música. Quando praticamos exercícios, nosso coração chega a ter picos maiores que 160 ou 170 batimentos por minuto (BPM). De maneira parecida, as batidas das músicas também podem ser mensuradas pela mesma medida, os BPMs. De acordo com a pesquisa, músicas que tem um ritmo mais acelerado nos ajudam a aumentar a motivação e até melhoraram o humor. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores recrutaram um grupo de mulheres que praticaram treinos aeróbicos, com caminhadas na esteira; e de musculação, com a máquina de exercícios para as pernas (leg press).

As participantes tinham de realizar os movimentos sob influencia de diferentes estímulos: em silêncio, depois de escutar uma música com batidas lentas (90 a 110 BPM), médias (130 a 150 BPM), e rápidas (170 a 190 BPM). Depois dos testes, as mulheres eram entrevistadas com um questionário para avaliar o esforço que elas acreditavam ter feito para concluir os exercícios. A partir disso, foi descoberto que as canções mais aceleradas ajudam a melhorar a força de vontade para realizar a atividade, e a motivação durante a prática. Além disso, as canções ajudaram as participantes a se distraírem da fadiga causada pelo exercício.

“Ouvir músicas animadas que sejam do gosto do aluno sempre ajuda na motivação para seguir com os exercícios. O ritmo alto e dinâmico de uma música provoca a liberação de dopamina no cérebro. Esse neurotransmissor desempenha importante papel no comportamento do ser humano e logo uma relação direta com a sensação de prazer e recompensa induzida pela música”, explica Guilherme Reis, Coordenador Geral da Rede Alpha Fitness.

Assim, a música ajuda a suportar treinos pesados, aumenta a resistência corporal e deixa seu treino mais leve; ajuda a se concentrar durante a aula de yoga, e estimula o corpo. “Todos os esportes podem se beneficiar da música, basta montar uma playlist para a hora de treinar!

Notícias

Musicalização infantil: por que ela é importante e como você pode estimular seu filho

A primeira infância é uma das fases mais importantes do desenvolvimento da criança. Tudo que ela aprende até os 6 anos de idade tem consequências que podem influenciar, inclusive, a vida adulta. E a música, nessa etapa do desenvolvimento, pode ser uma grande aliada dos pais que desejam estimular os filhos desde muito pequenos a manterem o foco, a serem criativos e se expressarem melhor, por exemplo.
Por isso, a musicalização deve ser incentivada desde antes de o nascimento, conforme recomenda Amanda Cantador, educadora musical e violinista. “Desde a gestação é importante esse contato porque ajuda no desenvolvimento do bebê. O primeiro sentido que a criança desenvolve dentro da barriga da mãe é a audição”, destaca. Amanda afirma que nos Estados Unidos, algumas escolas de música recebem crianças com 15 dias de vida. Aqui no Brasil, o protocolo indica as aulas para bebês a partir do sexto mês.

Ane Caroline Born, mãe da Júlia, de 4 anos, diz que na escola em que a filha estuda as aulas de música fazem parte do currículo regular. “A Júlia é muito comunicativa. Ela adora cantar então esse contato com a música ajudou bastante. Assim ela aprendeu várias palavras”, revela. Simone Pereira dos Santos Lopes, mãe da Helena, de 2 anos, também conta que filha se desenvolveu muito mais quando começou a participar das aulas. “Ela era bem tímida por só ficar comigo em casa. Ela melhorou bastante a comunicação. Hoje toca uma música e ela começa a dançar”, afirma a corretora de imóveis.

A coordenadora de Educação Infantil da escola em que as duas meninas estudam, Isis Costa de Lima, explica que desde o berçário os alunos têm contato com músicas diversas. “É na rotina deles. Na hora das refeições, no trajeto para o parque, na hora do soninho e das atividades sempre tem música”, diz. Esse tipo de estímulo facilita o aprendizado, de acordo com ela. Nas aulas a professora canta, ensina sobre os instrumentos, trabalha o senso rítmico e a memória auditiva das crianças, o que desenvolve a oralidade, a atenção e a concentração.

Como inserir a música na rotina dos filhos
Para quem quer promover a musicalização dos filhos, Amanda dá algumas dicas.

1-Ouvir música durante a gravidez
Iniciar esse processo durante a gestação estimula a audição do bebê. Qualquer tipo de música é válido. Quanto mais rico o ambiente sonoro, melhor.
Estimular atividades sonoras

2-Depois do nascimento, atividades com som são indicadas. Mesmo que sejam de objetos ou animais. Hoje, com a internet, é possível encontrar álbuns inteiros dedicados aos bebês. Um professor de música pode auxiliar os pais nessa tarefa e orientar sobre como trabalhar os sons da melhor maneira.
Aulas de musicalização

3-Com 6 meses de vida o bebê já pode frequentar aulas de música. Na escola em que a Amanda dá aulas, mesmo os mais novinhos têm contato com instrumentos musicais, sendo possível observar habilidades e até pré-disposição para tocar violino ou piano, por exemplo.
Brincar com os filhos

4-Cantar com as crianças e fazer brincadeiras de roda, exemplifica a professora, são as mais indicadas para quem quer desenvolver esse contato com a música e até estreitar laços familiares.
Cuidado com a expectativa

5-O principal, alerta Amanda, é estimular que a criança descubra sozinha qual é o tipo de música ou instrumento com o qual ela mais se identifica. Não criar expectativas a respeito do que ela vai escolher é a forma de fazer esse processo ser natural e prazeroso para ela e para a família.

FONTE: https://www.semprefamilia.com.br/educacao-dos-filhos/musicalizacao-infantil-por-que-ela-importante-como-estimular-filho/

Notícias

Por que músicas marcam momentos na vida das pessoas?

A música está presente em muitos momentos de nossa vida. Existem pessoas que não vivem sem música. Até para trabalhar gostam de estar acompanhadas do ritmo musical que apreciam. Com esta presença forte, algumas músicas marcam momentos especiais em nossas vidas: romance, alegria, conquistas e, principalmente, saudade.

Muitas nos remetem a momentos em que vivemos junto às pessoas que amamos. E não é de hoje que a música faz parte da nossa vida. Já na Idade Média, algumas civilizações utilizavam a música para curar, aumentar a produtividade e manter as pessoas no mesmo ritmo de trabalho. Interessante, não é mesmo?

Como a música influencia a nossa vida

A música pode influenciar nosso sentimento e até mesmo mexer com nosso organismo. Ela pode trazer uma série de sensações positivas, como euforia, tristeza, saudade e até mesmo ansiedade.

Essa influência acontece porque nosso corpo reage ao ritmo da música e as suas vibrações podem alterar o humor e o estado de espírito de quem ouve. Despertando assim, emoções que têm efeito sobre o funcionamento do corpo e mente em geral.

Existem estudos e teorias nesta área que buscam comprovar alterações que ocorrem em órgãos e células no momento em que a música libera algum tipo de emoção.

Ciências como a Musicoterapia e a Biodança estudam a fundo estas teorias e mostram a música como um fator que tem grande interferência em nossa vida, tanto na questão de sentimentos, quanto das reações do corpo.

Neurologistas conseguiram explicar porque nos lembramos de pessoas ou lugares quando ouvimos determinadas músicas. A música ativa diferentes funções cerebrais, que despertam sentimentos bons ou ruins.

Músicas provocam sensações boas e ruins

Com ajuda de um scaner com imagens de ressonância magnética foi feito um mapeamento da atividade cerebral em alguns voluntários. Foram mesclados vários gêneros musicais, sendo que os pacientes ouviram seis músicas, onde uma delas era sua favorita.

Desta maneira, foram mapeadas as sinapses que a música provocava em cada paciente ao serem ouvidas.

Já se descobriu que músicas tranquilas diminuem o ritmo dos batimentos cardíacos e acalmam a mente, transmitindo sensação de tranquilidade. Por outro lado, constatou-se que músicas fortes e agitadas aceleram os batimentos do coração. Existem casos, inclusive, em que a música pode trazer mal-estar e ansiedade.

Com isso se conclui que a música tem a capacidade de alterar processos fisiológicos e liberar hormônios que alteram sensações boas e ruins. E não é a letra da música que causa essa influência, mas sim seu ritmo, batidas e acordes.

Músicas marcam momentos

A música também marca nossas memórias e experiências que tivemos no momento em que eram ouvidas. Podendo, como vimos, ser lembranças felizes, tristes ou saudosas.

É bastante comum associarmos alguma música a lembrança de pessoas que nos são queridas. A primeira música que o casal dançou juntos pode ficar marcada para sempre na vida deles.

A música que a mãe cantava para o filho dormir pode trazer para sempre o conforto da lembrança. Ouvir a música que nos lembra alguém pode gerar sentimentos de alegria por termos vivido juntos um momento feliz ou de saudades por alguém que já partiu.

É muito comum nos lembrarmos de alguém quando ouvimos uma música que sabemos que essa pessoa gostava ou que estava sempre cantando. São marcas deixadas em nossa memória e coração.

Uma boa lembrança de quem já partiu

O luto por alguém que partiu, nos causa dor e muitas vezes nos leva a ouvir determinadas músicas só para nos lembrarmos da pessoa amada que já não está mais conosco.

Faz parte da superação saber como vivenciar as fases do luto. E a lembrança despertada por uma determinada música pode nos trazer a presença da pessoa por alguns instantes.

A saudade, palavra que só existe na língua portuguesa, é cantada em diversas músicas. E também é, na maioria das vezes, o motivo pelo qual escolhemos ouvir determinado tipo de música.

Se você gosta de músicas que marcaram vidas, épocas e que falam de saudade, vai gostar da seleção desta playlist que criamos. Confira!

Você também pode colaborar com a nossa playlist levando em conta as músicas que marcaram momentos especiais na sua vida.

Notícias

Música faz bem a saúde do coração e proporciona alegria e bem-estar

Que a música faz bem ao corpo e a mente, todo mundo sabe (ou já sentiu). Você ouve um acorde ali, outro acolá e em poucos segundos é tomado por emoções que acalmam fazem você viajar no tempo e relaxar.

Mas você sabia que além de relaxar, alegrar e trazer à tona lembranças e saudades, a música pode agir em nosso organismo curando doenças?

Uma pesquisa realizada pela Escola de Medicina da Universidade de Maryland, em Baltimore, nos Estados Unidos, analisou 10 mil voluntários fumantes e sem problemas de saúde.

Entre outras atividades, os cientistas pediram aos pacientes voluntários que elegessem uma canção que os fizesse se sentir bem e outra que aumentasse a ansiedade.

Após a pesquisa, os cientistas perceberam que os vasos sanguíneos dos braços dos voluntários se dilataram em 26% após ouvirem uma música alegre, enquanto as canções que lembravam tristeza e causavam ansiedade provocaram uma redução de 6% no fluxo sanguíneo.

Você sabe porque isso acontece?

Quando escutamos música, nosso ouvido transforma os sons em estímulos elétricos que chegam ao nosso cérebro provocando o aumento da produção de endorfina.

Este hormônio, por sua vez, causa sensação de bem-estar e relaxa o corpo, diminuindo os batimentos cardíacos e a pressão arterial.

“Nosso organismo é dotado de uma Identidade Sonora, chamada de ISO, que comanda nossa percepção e produção dos sons. Quando há um desequilíbrio neste sistema, a pessoa doente se sente menos motivada e mais triste e a música consegue trazer de volta o equilíbrio que ela precisa”, explica a fundadora e coordenadora do curso de musicoterapia da FMU, Maristela Smith.

Como funciona a Identidade Sonor

Todos nós nascemos dotados da capacidade de produzir sons universais, como tossir, espirrar, estalar os dedos, dentre outros, porém, através de nossa identidade sonora, produzimos estes sons de maneiras distintas e somos capazes de identificar as diferenças.

Assim, um simples espirro, por exemplo, é um som produzido por todos, porém, cada um de nós tem um jeito particular de espirrar. E isso acontece com todos os outros sons produzidos pelo nosso corpo: batimentos cardíacos, pulsação, andar, dentre outros.

Quando uma pessoa está doente, estes sons internos acabam saindo de seu ritmo natural, que é harmônico, entrando em desequilíbrio, e é nesse momento que a música pode ser usada como tratamento. “Através de sons externos, ou seja, da música e de outros sons corriqueiros no dia a dia, conseguimos trazer de volta este paciente para o seu equilíbrio rítmico e isso favorece a sua recuperação”, explica Maristela.

Mas não é só ao coração que a música fez bem

A sensação de prazer enquanto escutamos uma música é tão grande, que ela se tornou instrumento de terapias médicas auxiliando na recuperação de pacientes com diversos males e tem dado grandes resultados.

São hipertensos, doentes crônicos, crianças com problemas cognitivos e até portadores de necessidades especiais: “a musicoterapia tem o poder de curar ou ao menos amenizar os problemas de saúde dos pacientes sem o uso de medicamentos. Não que ela substitua o tratamento convencional, mas muitas vezes agiliza o processo de recuperação diminuindo o sofrimento do doente”, explica a musicoterapeuta Suzana Brunhara.

Como funciona a musicoterapia?

As sessões são em grupo ou individuais e dependem muito do perfil de cada paciente. Em geral, eles passam por uma avaliação, através de um questionário em que têm que relatar todo o seu histórico de saúde e suas preferências musicais, e depois por sessões de audição e produção de diversos tipos de sons.

“A ideia é perceber as reações do paciente a cada som que ele escuta para então identificar o que mais mexe com suas emoções. Depois disso, vamos aliar atividades que tenham a ver com o seu problema a músicas que o trazem ao equilíbrio”, explica a musicoterapeuta Suzana Brunhara.

Histórico musical

Embora muita gente confunda, o histórico musical da pessoa não está diretamente relacionado ao gosto pessoal dela, e sim as reações que ela tem a determinados sons.

Dessa forma, você pode gostar de rock, mas ficar com dor de cabeça ao ouvir este gênero durante muito tempo.

“O histórico pode sim ser determinado pelo gosto particular, mas em geral, está ligado a nossa memória auditiva que registra as sensações que determinadas batidas causam em nosso organismo fazendo com que sempre que a escutemos, sintamos a mesma sensação”, afirma Suzana.

Se a música não agrada, a dor pode ser maior

Suzana explica que a escolha da música é fundamental para a cura do paciente. Escolher a música inadequada para o estado clínico da pessoa pode intensificar os sintomas e até causar efeitos contrários graves, dependendo do caso.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/11512-musica-faz-bem-a-saude-do-coracao-e-proporciona-alegria-e-bem-estar#:~:text=Quando%20escutamos%20m%C3%BAsica%2C%20nosso%20ouvido,card%C3%ADacos%20e%20a%20press%C3%A3o%20arterial.
Notícias

Saiba como surgiu a música natalina ‘Noite Feliz’, que completa 200 anos

Sidney Molina SÃO PAULO “Noite feliz” (sol-lá-sol-mi), duas vezes; “o Senhor (ré-ré-si), Deus de amor” (dó-dó-sol); “pobrezinho, nasceu em Belém” (lá-lá-dó-si-lá-sol-lá-sol-mi); “eis, na lapa, Jesus, nosso bem” (repetindo a melodia anterior); “Dorme em paz, ó Jesus!” (ré-ré-fá-ré-si-dó-mi); “Dorme em paz, ó Jesus!” (dó-sol-mi-sol-fá-ré-dó).

Com oito pequenas frases sonoras e letra traduzida para um número indefinido de idiomas —as fontes são disparatadas—, a canção “Noite Feliz” completa exatos 200 anos na noite desta segunda (24).

No Natal de 1818, na pequena cidade de Oberndorf, na Áustria —perto de Salzburgo, onde Mozart havia nascido 62 anos antes—, a melodia criada por Franz Xaver Gruber foi cantada pela primeira vez, na igreja de São Nicolau.

Como o órgão do templo não estava em boas condições, o coro foi acompanhado apenas por um violão. O padre Joseph Mohr havia escrito o texto, que no original alemão começa com “stille nacht, heillige nacht” (noite silenciosa, noite santa). De suas seis estrofes completas, apenas as três primeiras resistiram ao tempo.

A conhecida adaptação para o português foi realizada em 1912 pelo frei franciscano Pedro Sinzig, músico, escritor e jornalista austríaco naturalizado brasileiro. Com “silent night, holy night”, a versão em inglês mantém —ao menos nos versos iniciais— o sentido do original, mas isso não é regra: se em português a noite é “feliz”, em francês ela é doce (“douce nuit”) e, em espanhol, “de paz” (“noche de paz”). A gravação do cantor e ator americano Bing Crosby, de 1935, vendeu 30 milhões de cópias, o que a mantém como terceiro single mais vendido da história.

A interpretação arrastada e solene de Crosby se tornou o principal modelo das gerações seguintes, mas há quem busque outras vias, como o compositor russo Alfred Schnittke (1934-1998) em seu irônico arranjo para violino e piano.

Uma primeira característica da melodia de Gruber é o salto para o agudo da terceira frase (do “-liz”, de “feliz”, para o “o”, de “o Senhor”); uma outra é o fato de o final do verso “pobrezinho, nasceu em Belém” ter exatamente as notas iniciais de “noite feliz” (sol-lá-sol-mi).

O mesmo salto agudo ocorre uma segunda vez, de “bem” (em “Jesus, nosso bem”) para “dorme” (de “dorme em paz, ó Jesus!”), momento em que a melodia atinge o seu ponto agudo culminante, exatamente na palavra “paz”.

Gruber trabalhava como professor primário em Arnsdorf, a poucos quilômetros da igreja do padre Mohr. Sua melodia tem afirmação, repetição, variação, contraste, ponto culminante e conclusão, tudo em 12 compassos; o jogo de simetrias não é linear.

Ele talvez tenha pensado em compor algo simples, que pudesse ser cantado por seus alunos. Passados 200 anos, a classe do professor tem o tamanho de uma civilização.

 

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/12/saiba-como-surgiu-a-musica-natalina-noite-feliz-que-completa-200-anos.shtml

Powered by themekiller.com