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A psicologia da música permite um treino eficaz

Para alguns atletas e para muitas pessoas que correm, levantam pesos e fazem exercícios de outra forma, a música não é supérflua, é essencial para o desempenho e um treino satisfatório. Embora algumas pessoas prefiram livros de áudio, podcasts ou sons ambientes, muitos outros dependem de batidas e letras mexendo para manter-se motivado no exercício.

Nos últimos 10 anos, o conjunto de pesquisas sobre músicas de exercício inchou consideravelmente, ajudando psicólogos a refinar suas idéias sobre por que o exercício e a música são de tal emparelhamento eficaz para muitas pessoas, assim como a música muda o corpo e mente durante o esforço físico. Música distrai as pessoas de dor e fadiga, eleva o humor, aumenta a resistência, reduz o esforço percebido e pode até promover a eficiência metabólica. Ao ouvir música, as pessoas correm mais longe, andam de bicicleta e nadam mais rápido do que o habitual, muitas vezes sem perceber. Em uma revisão de 2012 da pesquisa, Costas Karageorghis da Brunel University, em Londres, um dos maiores especialistas do mundo em psicologia da música do  exercício, escreveu que se poderia pensar a música como “um tipo de droga para melhorar o desempenho.”

A seleção de música de treino eficaz não é tão simples como se enfileira uma série rápida.Deve-se considerar as memórias, emoções e associações que evocam canções diferentes. Para algumas pessoas, a medida em que eles se identificam com o estado emocional do cantor e ponto de vista determina como eles se sentem motivados. E, em alguns casos, os ritmos da melodia subjacente pode não ser tão importante quanto a cadência das letras. Nos últimos anos, alguns pesquisadores e empresas têm experimentado novas maneiras de motivar os exercícios através de seus ouvidos, como um aplicativo do smartphone que orienta a fuga do ouvinte a partir de zumbis em um mundo pós-apocalíptico e um dispositivo que seleciona músicas com base na taxa de um corredor .

Deixe seu corpo se mover para a música. A pesquisa sobre a interação de música e exercício remonta a pelo menos 1911, quando o americano Leonard Ayres descobriu que os ciclistas pedalavam mais rápido, enquanto a banda estava tocando do que quando estava em silêncio. Desde então, os psicólogos conduziram cerca de cem estudos sobre a forma de desempenho de mudanças da música nas pessoas em uma variedade de atividades físicas, que variam em intensidade, de passear a corrida. Olhando para a pesquisa como um todo, algumas conclusões são claras.

Duas das qualidades mais importantes da música de treino são:tempo ou velocidade e o que os psicólogos chamam de resposta de ritmo, que é mais ou menos o quanto uma música te faz querer dançar. A maioria das pessoas têm um instinto para sincronizar seus movimentos e expressões com música .Que tipo de música desperta este instinto varia de cultura para cultura e de pessoa para pessoa. Para fazer algumas generalizações, músicas rápidas com batidas fortes são particularmente estimulantes, assim que encher a listas da maioria das pessoas que treinam. Em uma pesquisa recente de 184 estudantes universitários, por exemplo, os tipos mais populares da música de exercício foram  hip-hop (27,7 por cento), rock (24 por cento) e pop (20,3 por cento).

Alguns psicólogos sugerem que as pessoas têm uma preferência inata de ritmos em uma freqüência de duas hertz, o que é equivalente a 120 batimentos por minuto (bpm), ou duas batidas por segundo. Quando lhe pediram para tocar seus dedos ou o pé, muitas pessoas inconscientemente resolaram em um ritmo de 120 bpm. E uma análise de mais de 74 mil canções populares produzidas entre 1960 e 1990 constatou que 120 bpm foi o pulso mais prevalente.

Ao correr em uma esteira, no entanto, a maioria das pessoas parecem favorecer música em torno de 160 bpm. Web sites e aplicativos de smartphones como Songza  ajudam as pessoas a coincidir com o ritmo de sua música de treino para o seu ritmo de corrida, recomendando canções tão rápidas quanto 180 bpm para uma milha de sete minutos, por exemplo. Mas a pesquisa mais recente sugere que um efeito ocorre em torno de 145 bpm, mas nada parece contribuir com a motivação adicional. Na ocasião, a velocidade e o fluxo das letras substituem o ritmo subjacente: algumas pessoas trabalham para canções de rap, por exemplo, com densas letras faladas rapidamente sobrepostas em uma melodia relativamente madura.

Embora muitas pessoas não sentem a necessidade de correr ou se mover no tempo exato com sua música de treino, a sincronia pode ajudar o corpo a usar a energia de forma mais eficiente. Ao mover ritmicamente a uma batida, o corpo não pode ter que fazer ajustes como muitos movimentos coordenados como seria sem regulares estímulos externos. Em um estudo de 2012 por CJ Bacon de Sheffield Hallam University, Karageorghis e seus colegas, os participantes que pedalaram no tempo da música necessitou de menos oxigênio para fazer o mesmo trabalho que os ciclistas que não sincronizaram seus movimentos com a música de fundo. Música, ao que parece, pode funcionar como um metrônomo, ajudando alguém a manter um ritmo constante, reduzindo passos em falso e diminuindo o gasto energético.

 Estendendo esta lógica, Shahriar Nirjon da Universidade da Virgínia e seus colegas desenvolveram um leitor de música pessoal que tenta sincronizar música com o ritmo de um corredor e frequência cardíaca. Acelerômetros e um pequeno microfone embutidos em um par de fones de ouvido avaliam o ritmo do corredor e gravam o pulsar dos vasos sanguíneos. O dispositivo sem fio transmite os dados coletados por meio de um smartphone a um computador remoto que escolhe a próxima música.

Uma pesquisa recente esclarece não só que tipo de música é mais adequada para um treino, mas também como a música incentiva as pessoas a manter o exercício. A distração é uma explicação. O corpo humano está constantemente monitorando si mesmo. Depois de um certo período de duração do exercício, o exato varia de pessoa para pessoa e a fadiga começa a definir. O corpo reconhece sinais de extremo esforço, aumento dos níveis de lactato nos músculos, coração vibrando, o aumento da produção de suor e decide que precisa de uma pausa. Música concorre com esse feedback fisiológico para a atenção consciente do cérebro. Da mesma forma, a música muitas vezes muda a percepção das pessoas de seu próprio esforço durante um treino: parece mais fácil de executar esses 10 milhas ou completar um bíceps extras quando Beyoncé ou Eminem está ali com você.

“Dado que o exercício é muitas vezes cansativo, chato e difícil, qualquer coisa que alivia esses sentimentos negativos seriam bem-vindos”, Karageorghis explica. Os benefícios de distração são mais pronunciadas durante o menor para o exercício de intensidade moderada. Quando se contraem exercícios de alta intensidade, a música perde o seu poder para substituir as sensações físicas de cansaço, mas ainda pode mudar a maneira como as pessoas respondem a essa fadiga. A música certa eleva o humor e convence as pessoas para enfrentar ondas de exaustão, em vez de desistir. Karageorghis adverte, porém, contra a ouvir música durante a execução em áreas fortemente traficadas quando a distração de fadiga é grande, desde que não a coloque em perigo.

 A música também aumenta a resistência, mantendo pessoas inundada de emoções fortes. Ouvir música é muitas vezes uma experiência extremamente prazerosa e certas canções abrem as comportas mentais para as pessoas que controlam suas emoções em situações cotidianas. Se um identifica fortemente com as emoções do cantor ou perspectiva, a música torna-se mais motivacional.

Considere uma música de filme favorito de algum musical ou show da Broadway, como “One Day More” de Les Misérables, uma canção conjunto com uma melodia complexa e construção de energia ou “Defying Gravity” de mau, em que Elphaba, um personagem central, promete superar todos os limites impostos sobre ela. Além de melodias emocionantes e vocais, tais canções chamam imediatamente o ambiente inteiro do desempenho e despertam memórias de caracteres específicos que fazem parte de uma narrativa complexa. Esta malha de associações e conotações não fornece apenas uma perspectiva inspiradora para adotar, mas também toda uma realidade alternativa para entrar durante a execução  do exercício na esteira da academia.

A resposta emocional das pessoas à música é visceral. É, em parte, enraizada em algumas das mais antigas regiões do cérebro em termos de história evolutiva, e não no córtex humano que evoluiu mais recentemente.

Os cientistas sabem agora que, apesar de diferentes regiões do cérebro humano se especializam em diferentes sentidos de processamento de som, visão, tato, o cérebro usa a informação que recebe de um sentido para ajudá-la a entender o outro. O que as pessoas vêem e sentem ao ouvir voz ou música, por exemplo, as mudanças que ouvem. Música e movimento são particularmente envolvidos no cérebro. Estudos recentes sugerem que, mesmo se alguém está sentado perfeitamente ainda ouvindo música agradável aumenta a atividade elétrica em várias regiões do cérebro importante para os movimentos de coordenação, incluindo a área motora suplementar, cerebelo, gânglios basais e no córtex pré-motor ventral.

Na verdade, o cérebro humano pode ter evoluído com a expectativa de que, sempre que há música, há movimento, embora essa idéia emerge mais das mentes criativas de especular psicólogos evolucionistas que de evidência experimental. Antes da invenção das flautas de cana e outros instrumentos musicais, os nossos antepassados ​​provavelmente produziam as primeiras formas de música, cantando, gritando,  ou usando as cordas vocais, assim como fisicamente interagiam com seus próprios corpos, de outras pessoas e do meio ambiente. Um ritmo rápido provavelmente teria exigido movimentos rápidos: palmas rápidas ou pé estamparia, talvez. Profundas, sons altos teriam exigido grande energia e força cantando uma nota ou bater no chão ou uma pedra. Em sua concepção, a música era provavelmente uma extensão do corpo humano. Talvez o cérebro lembra-o dessa maneira.

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7 ESTILOS MUSICAIS QUE MAIS FORAM ADORADOS E ODIADOS NO BRASIL

A música é uma boa combinação entre vários ritmos e sons, que vão sendo organizados ao longo da melodia. E muito mais que isso, ela é capaz de combinar e despertar um monte de sentimentos em nós, meros ouvintes. Mas já percebeu como ela também tem o poder de aproximar e afastar as pessoas? É comum que  um grupo passe a ter maior intimidade por possuírem os mesmos gostos musicais. É algo que acontece muito no Brasil e pelo mundo.

É claro que sempre existe aquele gênero musical que mais te agrada. Em contrapartida, também deve existir aquele que você simplesmente não suporta. O mundo é exatamente isso, diversidade…. O  que explica os motivos para existirem tantos conteúdos, produzidos de tantas formas diferentes. Pensando nisso, nós aqui da Fatos Desconhecidos separamos abaixo 7 estilos musicais que mais foram adorados e odiados no Brasil. Confere aí!

1 – Emo

Houve um período em que o Brasil era dominado pelos emos. Por todo lugar em que você andasse, encontraria pelo menos um adolescente com um corte de cabelo diferentão, maquiagem carregada, vestido de preto e com detalhes rasgados. Bem, esse visual era influenciado por um estilo musical que tem o mesmo nome, mas também é conhecido como emocore.

Caracterizado por ser um tipo de música completamente diferente, possui musicalidade melódica e bastante expressiva. Em grande parte das vezes, as letras possuem caráter confessional. Teve origem em Washington, nos Estados Unidos, por volta da década de 1980 e daí, ganhou o mundo.

2 – Screamo

Embora sejam parecidos, o emo e o screamo possuem divergências. Fato é que não dá pra falar de um, sem mencionar o outro. O screamo surgiu por volta da década de 1990, também nos Estados Unidos, carregando influências do hardcore, do punk e do post-hardcore. É um estilo mais agressivo e que, embora também conte com letras sentimentais, elas aparecem de forma menos frequente. No mais, também já foi bastante aclamado e odiado no Brasil.

3 – Tecnobrega

Vamos então para algo totalmente diferente e que tem raízes nacionais: o tecnobrega. Esse estilo musical nasceu em Belém do Pará, sendo representado no Brasil principalmente pela Banda Calypso… E também pela Gaby Amarantos. É uma mistura entre o carimbó, o brega tradicional, forró, merengue e até a música eletrônica. Ao ouvir esse tipo de som, podemos perceber que a guitarra e os sintetizadores são os personagens principais. Embora seja tradicional de nossa cultura, não é algo que agrada a todos e até hoje, é mais popular na região nordestina do país.

4 – K-pop

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O termo é uma abreviação para korean pop, um tipo de música originada na Coreia do Sul. É muito marcado por seus elementos audiovisuais, já que os clipes também são partes importantes para caracterizar a melodia. O movimento ganhou mais força no Brasil somente no ano de 2012, após o rapper sul-coreano Psy virar um fenômeno na internet e explodir com a música “Gangnam Sttyle”. Ainda é um dos estilos musicais mais amados e odiados em nosso país.

5 – Pagode

Quem é que não tem aquele parente que sempre coloca um pagode nas festinhas entre família? Se você não for essa pessoa, é provável que conheça um caso assim. É um estilo musical que também tem origem brasileira. Para ser mais específico, nasceu no Rio de Janeiro, entre o fim da década de 1970 e o início da década de 1980, como uma proposta alternativa ao samba. Tudo aconteceu a partir das tradições onde o samba era tocado nos “fundos de quintal”, entre família e amigos mesmo. É o tipo de estilo que, ou você gosta ou não gosta… É difícil ter meio termo.

6 – Funk

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Sim, não poderíamos deixar de mencionar o funk. Originalmente, o funk tem suas raízes nos Estados Unidos. No entanto, assim que chegou ao Brasil ele ganhou uma personalidade autêntica e completamente brasileira, fugindo do que era conhecido no exterior. O funk carioca, principalmente, nasceu carregado por batidas repetidas e envolventes, aliadas à letras pesadas e que faziam apologia ao sexo e objetificação da figura feminina. Não é preciso explicar o motivo para ter sido, e ainda representar grande contradição no gosto popular brasileiro.

No entanto, vale lembrar o que o gênero foi sendo modificado ao longo do tempo, abrindo espaço para o poder feminino e deixando um pouquinho de lado as letras pesadas. No entanto, continua sendo amado e odiado pelo Brasil.

7 – Metal

E quem sempre bateu de frente com o funk? Sim, o rock e todas as suas vertentes. Mas, aqueles que sempre pegaram mais pesado foram os famigerados metaleiros. O Heavy Metal é um estilo musical que nasceu entre 1960 e 1970. Suas origens constam entre o Reino Unido e os Estados Unidos. Tem suas raízes no rock psicodélico e outros gêneros do metal, marcado por um som bem mais encorpado, caracterizado pela distorção nos amplificadores, explorando a guitarra  e criando riffs únicos.

O estilo carrega consigo um fardo pesado, sendo estereotipado como um gênero que cultua forças malignas. Por ser mais agressivo e carregar tal estigma, também sempre se encontrou em posição controversa no Brasil… Existem aqueles que amam, e os que odeiam com todas as forças.

E então pessoal, o que acharam? Conhecem algum outro estilo musical amado e odiado em nosso país? Compartilhem com a gente aí pelos comentários!

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Carreira

GRUPO VIOLA BAGUÁ – Musica Guatapará

Música deliciosa do grupo Viola Baguá, confira o video.

FICHA TÉCNICA:
Célio Colella – Flauta/Percussão
Fernanda Diniz – Voz
Flávio Véspero – Voz/Violão
Gonçalo Pavanello – Viola
Gabriel Amorim – Violino/Percussão
Toni Vergilio – Voz
Vilson Moreno – Baixo/Voz/Percusão

Notícias

Música ativa região do cérebro ligada ao raciocínio e concentração

Música ativa região do cérebro ligada ao raciocínio e concentração A música acompanha a humanidade desde seus primórdios como elemento que envolve e emociona as pessoas. Nos últimos anos, estudos científicos têm mostrado que a musicalização e o aprendizado de um instrumento também podem ajudar na assimilação de conteúdos trabalhados em disciplinas que exigem raciocínio lógico e concentração. A razão disso é a estimulação de regiões do cérebro ativadas especialmente no estudo de matérias como matemática e línguas, que também atuam no processamento e produção de sentido e emoção da música.

De acordo com Aurilene Guerra, mestre em neuropsicologia e professora de Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a escuta ativa exige o desenvolvimento da capacidade de concentração, além de promover a criatividade por meio da sensibilização do aluno.

“Na última década, houve uma grande expansão nos conhecimentos das bases neurobiológicas do processamento da música, favorecida pelas novas tecnologias de neuroimagem”, conta Aurilene. Os estudos científicos comprovaram que o cérebro não dispõe de um “centro musical”, mas coloca em atividade uma ampla gama de áreas para interpretar as diferentes alturas, timbres, ritmos e realizar a decodificação métrica, melódico-harmônica e modulação do sistema de prazer e recompensa envolvido na experiência musical.

“O processo mental de sequencialização e espacialização envolve altas funções cerebrais, como na resolução de equações matemáticas avançadas, e que também são utilizadas por músicos na performance de tarefas musicais”, explica Aurilene.

Aurilene explica que o processamento da música começa com a penetração das vibrações sonoras no ouvido interno, provocando movimentos nas células ciliares que variam de acordo com a frequência das ondas. Os estímulos sonoros seguem pelo nervo auditivo até o lobo temporal, onde se dá a senso-percepção musical: é nesse estágio que são decodificados altura, timbre, contorno e ritmo do som. O lobo temporal conecta-se em circuitos de ida e volta com o hipocampo, uma das áreas ligadas à memória, o cerebelo e a amígdala, áreas que integram o chamado cérebro primitivo e são responsáveis pela regulação motora e emocional, e ainda um pequeno núcleo de massa cinzenta, relacionado à sensação de bem-estar gerada por uma boa música.

“Enquanto as áreas temporais do cérebro são aquelas que recebem e processam os sons, algumas áreas específicas do lobo frontal são responsáveis pela decodificação da estrutura e ordem temporal, isto é, do comportamento musical mais planejado”, acrescenta Aurilene.

Segundo a professora, estudos científicos apontaram uma correspondência significativa entre a instrução musical nos primeiros anos de vida e o desenvolvimento da inteligência espacial, responsável por estabelecer relações entre itens e que favorece as habilidades matemáticas, necessárias ao fazer musical no processo de divisão de ritmos e contagem de tempo.

Porém, para aproveitar os benefícios da aprendizagem, é necessário que a motivação parta do próprio estudante. Aurilene cita estudos que colocam que as diferenças individuais entre crianças são imensas e não parecem ser reduzidas por meio do treinamento, já que a habilidade musical envolve uma grande predisposição genética. Mesmo que nem todos os alunos estejam destinados a se tornar profissionais, o processo de interpretação musical desenvolve em certo nível a coordenação motora, concentração e raciocínio lógico, além de ser uma atividade que proporciona bem-estar, otimizando a fixação de conteúdos.

“No contexto escolar, a música tem a finalidade de ampliar e facilitar a aprendizagem do aluno”, diz Aurilene. “Ela favorece muito o desenvolvimento cognitivo e sensitivo, envolvendo o aluno de tal forma que ele realmente cristalize na memória uma situação.”

Os benefícios na prática
O reconhecimento da importância do estudo da música para o desenvolvimento e formação pessoal dos alunos já foi formalizado pelo governo em 2008, com a sanção da Lei nº 11.769. A medida torna obrigatório, mas não exclusivo, o ensino da música na educação básica – o que significa que a atividade pode ser integrada a disciplinas como artes, sem constituir uma matéria específica. Isso contribuiu para o veto do artigo que determinava que as aulas fossem ministradas por profissionais da área, alegando-se ainda que muitos músicos em atividade no país não tinham formação especializada para exercer a profissão.

Questões como a concepção de música como conteúdo, em vez de disciplina, e a falta de profissionais capacitados para o ensino da atividade devem entrar na pauta de discussões do Conselho Nacional de Educação (CNE). Por fim, a lei estabelecia um limite de três anos letivos para que as instituições de ensino implantassem a atividade na grade curricular.

Com o encerramento do prazo em 2011, ainda não existem dados estatísticos sobre a implantação da atividade nas escolas, mas o Ministério da Educação pretende desenvolver uma pesquisa para levantar experiências que tiveram sucesso e possam ser replicadas. Um dos exemplos bem-sucedidos que ampliou suas atividades com o advento da lei é o projeto Música nas Escolas, desenvolvido desde 2003 em Barra Mansa, região sul do Rio de Janeiro.

A iniciativa atua em escolas da rede municipal desde a educação infantil até o nono ano do ensino fundamental e é mantida por recursos da Secretaria Municipal de Educação, recebendo apoio de empresas privadas como a Light e a Votorantim. A ideia surgiu como uma tentativa de reestruturar as atividades de iniciação musical já existentes em colégios e creches do município, cuja oferta era limitada e pouco qualificada. Atualmente, o projeto atende 22 mil jovens e dispõe de uma orquestra sinfônica que já trabalhou com renomados solistas nacionais e estrangeiros.

Vantoil de Souza, coordenador do Música nas Escolas e diretor artístico da orquestra sinfônica conta que o projeto oferece atividades obrigatórias e optativas aos estudantes. O trabalho de musicalização realizado em classe por monitores qualificados inclui matérias como percepção musical, desenvolvimento rítmico e prática de canto e canto coral; a partir da 6ª série, as aulas são inseridas na disciplina de Educação Artística.

Como atividade facultativa, está a prática instrumental, cujas aulas são ministradas nas escolas que servem como polos musicais e abrigam os instrumentos que compõem a orquestra. “Embora a lei não determine a prática instrumental, ela é necessária para que o aprendizado teórico se verifique na prática”, diz Souza.

O maestro ressalta que a aprendizagem teórica isolada não provoca o desenvolvimento do raciocínio lógico e da sensibilidade atribuída ao estudo da música. “Sem a prática, o conhecimento do aluno fica privado de tudo o que é desenvolvido em contato com a acústica, sonoridades e interpretação das obras, além dele não receber a carga emocional que norteia a música enquanto prática”, observa Souza.

No entanto, tanto a lei quanto o projeto não visam a transformar os estudantes em músicos à força, mas oferecer a oportunidade de especialização àqueles que se interessarem pela prática, podendo inclusive facilitar o ingresso em cursos de graduação na área por meio de um convênio com a universidade local. “A obrigatoriedade implementada pela lei diz respeito aquele conteúdo que pode ser aproveitado por qualquer aluno, pois a música é parte do cotidiano das pessoas. Não se pode obrigar ninguém a tocar um instrumento, isso já é uma questão vocacional”, completa Souza.

O acompanhamento dos alunos participantes do projeto verificou de fato o desenvolvimento do raciocínio lógico e da capacidade de concentração, o que pode atuar como um grande ganho no aprendizado de outras disciplinas. Souza acrescenta que houve redução no índice de reprovações, e diz que o sistema de prática instrumental, realizado no turno contrário, também promove indiretamente um benefício social. “O aluno passa a ter praticamente educação em período integral. Depois do horário de aula, ele volta para o colégio ou vai para algum dos polos participar de ensaios. Como 87% do nosso atendimento é feito em escolas da periferia, isso o afasta de problemas sociais que ele poderia ser exposto”, explica o maestro.

Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/pesquisa/musica-ativa-regiao-do-cerebro-ligada-ao-raciocinio-e-concentracao,dafa00beca2da310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html

Novidades

Especial Sertanejo: revisite a história do gênero musical que é o maior sucesso do Brasil

No princípio, era a viola. A viola e o caipira. Tudo foi feito por ele; e nada do que tem sido feito foi sem ele. Nas escrituras sacramentadas da cultura nacional mais enraizada, o homem do interior do Brasil é o criador; e a música hoje chamada sertaneja, a criatura. Em sua fase mais genuína, cantadores interpretavam em dueto modas e toadas sobre temas simples, como a lida no campo, a vida e a morte. Esse momento vingou até meados dos anos 1940. Atualmente, são as mulheres que dominam as paradas de sucesso com um discurso empoderado, e a mistura musical é tamanha que mal identifica o gênero. Nesse meio tempo, o sertanejo passou por pequenas revoluções e grandes transformações, mas nunca saiu de moda. Ganhou até um dia no calendário para chamar de seu!

— Em 1964, violeiros passaram a fazer romarias a Aparecida do Norte. Fomos eu e minha irmã com Tonico & Tinoco, para agradecer. Era 3 de maio. A rádio local soube da nossa presença e pediu para cantarmos. Depois, sugeriu que voltássemos no ano seguinte. Desde então, a data nunca passa em branco por lá. Todo ano tem apresentações de música sertaneja em Aparecida, e nós sempre estamos presentes. Do grupo original, que ainda tinha Geraldo Meirelles e Comendador Biguá, só eu e Marilene estamos vivas. Somos testemunhas oculares da História — orgulha-se Mary, uma das irmãs Galvão, ao relembrar.

Grupo de violeiros em Aparecida
Grupo de violeiros em Aparecida Foto: Reprodução de internet

Conhecidas pelo hit “Beijinho doce”, As Galvão são a dupla sertaneja mais antiga do Brasil em atividade: este ano, completam sete décadas de carreira. Mary e Marilene começaram a se apresentar com 7 e 5 anos de idade, respectivamente, na Rádio Club Marconi, de Paraguaçu Paulista, interior de São Paulo, incentivadas pelos pais, uma costureira e um alfaiate, que cuidavam para que as meninas estivessem sempre impecáveis em cena.

— Lembro bem a primeira música que cantamos juntas, em 1947: “La ultima noche que pasé contigo”. Era um tango pornográfico! (risos). Naquela época, não tinha música para criança, não existia a Xuxa. Então, a gente repetia as canções que faziam sucesso. Acho que agradamos por sermos fofinhas, pequenininhas, afinadas. A emissora decidiu fazer da gente uma dupla profissional — conta Mary, aos 77 anos.

O radialista Geraldo Meirelles
O radialista Geraldo Meirelles Foto: Reprodução

A longeva carreira da dupla será comemorada com o lançamento de um livro, no próximo sábado, dia 13. E estão no forno um documentário e um DVD, o primeiro delas (!), gravado em janeiro do ano passado, com a presença de outros sertanejos: Daniel, Chitãozinho & Xororó, Sérgio Reis, Marciano, Dani & Danilo e Guilherme & Santiago.

— Não planejamos chegar a essa marca. Hoje, estamos sendo paparicadas, convidadas para os programas mais importantes. Este é realmente o momento de ouro da nossa trajetória — afirma Mary, homenageada em 2013, ao lado da irmã, com um memorial em Sapezal, distrito de Paraguaçu Paulista, onde elas iniciaram a caminhada profissional: — Não conheço outros artistas que tenham tido esse reconhecimento em vida. As coisas devem ser feitas e faladas enquanto a gente ainda está aqui para ver. Os artistas precisam saber que são importantes para a música nacional em vida. Os brasileiros deveriam prestar mais atenção nisso!

Mary e Marilene com 7 e 5 anos, respectivamente, quando começaram a cantar
Mary e Marilene com 7 e 5 anos, respectivamente, quando começaram a cantar Foto: Arquivo pessoal

Pesquisador de cultura popular e autor do livro “De caipira a universitário — A história do sucesso da música sertaneja”, Edvan Antunes, de 52 anos, concorda com a veterana:

— A gente tem um problema: ama só o que vem de fora. Artista competente, mas do interior do Brasil, não tem valor, infelizmente. Deveríamos estar exportando a música de raiz, há muito tempo. Se os japoneses ouvissem “O menino da porteira”, mesmo que no instrumental, aplaudiriam de pé.

Foi depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que a música caipira começou a se contaminar por influências externas. Instrumentos como a harpa, o acordeão, o trompete e o violino juntaram-se à viola e ao violão.

— Nos anos 50, os artistas começaram a gravar músicas paraguaias e mexicanas. Um compositor chamado Palmeira, que fazia dupla com Biá, foi quem aplicou o termo “sertanejo” a essa nova música, que já não era mais tão pura — explica Antunes, acrescentando que os locais de performance das duplas eram originalmente os circos, alguns rodeios e, principalmente, as rádios AM.

Tonico & Tinoco: música de raiz
Tonico & Tinoco: música de raiz Foto: Arquivo

O chamado “ritmo jovem” marcou a era moderna do sertanejo no fim da década de 1960. A inspiração era claramente a Jovem Guarda e o rock ‘n’ roll, e a temática romântica veio nessa onda. Defensor obstinado do estilo caipira genuíno, o músico, ator e apresentador Rolando Boldrin, de 80 anos, acompanhou essas transformações. Mas com pesar.

— As duplas mais moderninhas começaram a aderir a esse modismo americano do country, e aí a música caipira tradicional foi sendo esquecida. Virou uma coisa só, pasteurizada. Dou um exemplo: Sérgio Reis era um rapaz da capital, não usava chapéu, botas nem fivela, cantava música da Jovem Guarda. De repente, adotou as vestimentas do faroeste, começou a gravar modas de interior, vendeu muito disco, ficou famoso. Tudo apelo do mercado! — critica Boldrin: — Caipira virou termo pejorativo, então começaram a usar “sertanejo”. Mas, para mim, música sertaneja é a nordestina, de Luiz Gonzaga, Luiz Vieira, Belchior. Esse chamado novo sertanejo pegou como praga, hoje tem 200 mil duplas e milhões de fãs. Que saudade tenho dos geniais Pena Branca & Xavantinho!

Rolando Boldrin: defensor da cultura caipira
Rolando Boldrin: defensor da cultura caipira Foto: Divulgação

Léo Canhoto & Robertinho foi a primeira dupla a usar equipamentos eletrônicos numa gravação. Os dois, que ousaram também no visual, com cabelos compridos e roupas mais estilosas, chegaram a ganhar disco de ouro e lançaram filmes e peças de teatro com a temática bangue-bangue.

— Os caras compravam nossos discos até fora do país, no México e no Uruguai. Éramos dois jovens bonitos, mandávamos fazer roupas no alfaiate, cantávamos perfumados… A mulherada caía em cima! (risos) — brada Leo Canhoto, de 78 anos de idade e 46 de carreira, cujo ídolo sempre foi Elvis Presley: — Nunca fui fã da forma caipira de cantar e se vestir. Queria uma coisa mais urbana e, em 1973, cismei de colocar guitarra elétrica, bateria e contrabaixo nas músicas. Fui muito criticado, mas vencemos, e todos nos seguiram.

Leo Canhoto & Robertinho hoje
Leo Canhoto & Robertinho hoje Foto: Divulgação

Na levada da ousadia, a dupla Milionário & José Rico estourou nos anos 70. Com visual excêntrico, eles se tornaram “As gargantas de ouro do Brasil”. “Estrada da vida”, sucesso dos dois, virou filme em 1978, dirigido por Nelson Pereira dos Santos.

— Sempre fui muito fã de Tonico & Tinoco, viramos grandes amigos até. Mas achava que a música sertaneja devia ser tratada com mais carinho. Busquei influências no México e no Paraguai para mudar as nossas apresentações. Deu certo! Os dois meninos de infância pobre viraram Milionário & José Rico — brinca Milionário, que, com a morte do primeiro companheiro, em 2015, formou nova dupla com Marciano (cujo parceiro, João Mineiro, também se foi, em 2012): — Essa nova parceria foi uma forma de me manter em atividade. Fiquei um ano parado, apareceu essa oportunidade e topei. A gente se dá muito bem! Estou com 77 anos, não penso em me aposentar ainda. Vou cantar até quando der, morrer em cima do palco.

Milionário & José Rico mais recentemente
Milionário & José Rico mais recentemente Foto: Fabio Nunes/Divulgação

CURIOSIDADES

A viola

Uma das versões históricas sobre a viola diz que ela chegou ao Brasil trazida pelos colonizadores portugueses. Descende de um instrumento árabe, o alaúde, que chegou à Península Ibérica durante a invasão moura. Lá, ele se misturou com outros instrumentos medievais. Daí surgiu a “vihuela de mano”, que se chamaria viola, posteriormente.

Sedução

Os jesuítas usavam a viola para catequizar os índios, que se aproximavam admirados com o som do instrumento. Quando os bandeirantes partiram para conquistar o interior do Brasil, levaram a viola para espantar a solidão, e acabaram atraindo as índias, com quem se relacionavam sexualmente. Seus filhos eram os caboclos.

Caipirês

Os primeiros caboclos tocavam viola e cantavam usando um linguajar muito peculiar: misturavam o que aprendiam do pai português e da mãe indígena. Como não conseguiam pronunciar o som do “lh”, palavras como “telha” e “palha” viravam “teia” e “paia”, o famoso caipirês.

Caipira

O termo “caipira” também tem origem na linguagem indígena. Quando viam o homem branco se aproximando com chapéus gigantes, os tupis gritavam “Kaa pira!”, que significa “cortador de mato”.

Moda de viola

A música caipira tem uma temática rural e, segundo Cornélio Pires (jornalista e folclorista brasileiro responsável pelas primeiras gravações em disco do gênero), se caracteriza “por suas letras românticas, por um canto triste que comove e lembra a senzala e a tapera, mas sua dança é alegre”. O termo “moda de viola”, usado por Cornélio, é o mais antigo nome da música feita pelo caipira.

Michel Teló: de volta com o
Michel Teló: de volta com o “Bem sertanejo” Foto: Rede Globo/Divulgação

De volta ao “Fantástico”

Sucesso em 2014, o quadro “Bem sertanejo” — que depois virou DVD, livro e peça teatral (o espetáculo chega ao Rio na próxima quarta-feira, dia 10) — volta hoje ao “Fantástico”, na Globo, para mais duas temporadas, cada uma com quatro episódios.

Desta vez, Michel Teló estará a bordo de um food truck, oferecendo aos convidados do dia um prato típico da região onde eles nasceram. Na estreia, Teló estaciona o carro no Tocantins, onde conversa com as duplas Maiara & Maraísa e Henrique & Juliano, além do cantor Rick, que formou dupla com Renner.

— Vamos nos encontrar com cantores que não conseguimos na primeira temporada e trazer novidades, como músicas que não havíamos cantado e curiosidades — diz Teló, que, em casa, costuma receber os amigos para um bom e tradicional churrasco: — Somos uma família festeira e, desde muito pequeno, fui acostumado a grandes encontros, com muita comida típica e música. Mas não sou tão bom assim na cozinha (risos).

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3 Dicas para Escrever Músicas que Evoquem mais Emoção (sem usar um instrumento musical)

A criatividade tem vida própria e caminhos difíceis de entender. A não ser para compositores tarimbados como o Dan Hazlett, que ensina três dicas de como compor melhor (e mais diferente). Vem!

Ferramentas mentais que funcionam bem para músicos

[Este artigo foi escrito por Dan Hazlett, um compositor, cantor e professor aclamado.]

Depois de passer mais de 30 anos escrevendo e tocando músicas, e produzindo álbuns para outros artistas, acabei tendo a possibilidade de muito ensinar sobre composição em vários seminários, conferências e festivais. Isso me levou a acabar sendo um instrutor dos funcionários para o curso de verão de Cantores e Compositores na Interlochen Arts Academy, instituição renomada mundialmente.

Aqui vão algumas ferramentas que ofereço aos meus alunos que os ajudam a se distanciar das suas práticas comuns e achar jeitos novos e interessantes de pensar seu processo de composição.

Essas ferramentas serão úteis independente de como você interpretar a composição musical, ou em que ponto do processo você decidir usar essas ferramentas.

Palavra Dita

No exercício da palavra dita, interprete sua música como se fosse um texto para ser dito.

Tirando a melodia e o ritmo da equação, você conseguirá prestar atenção em trechos da sua letra que podem parecer forçados, onde as palavras podem parecer erradas por um motivo desconhecido, como a cadência da letra se adequa e onde as frases não parecem muito naturais.

Este método é muito útil quando é feito repetidas vezes com o passar do tempo e especialmente quando você não está sendo distraído por outros assuntos mundanos. É nesse momento que ideias boas geralmente aparecem ,quando você não está focando sua atenção racional para a escrita.

Melodia Cantada

O exercício da melodia cantada é o outro lado da mesma moeda. Tente entoar sua melodia sem a muleta das letras, dos instrumentos ou do acompanhamento (murmure ou use sílabas que não formem palavras). Do mesmo jeito que o exercício da palavra dita, essa técnica te ajuda a achar lugares em que a melodia pode ser melhorada.

Faça isso várias vezes, principalmente quando estiver distraído (cortando a grama, no chuveiro, lavando louça) e você ficará surpreso ao perceber que está cantando notas novas e interessantes e frases que você podia não ter descoberto até então. Ok, se você fizer isso ao redor de outras pessoas, é bem capaz que elas te olhem com cara de “quem é esse esquisitão?”. Mas não se preocupe, você é um compositor, você tem de parecer excêntrico; isso só aumenta sua mística.

Saia de Perto do Instrumento

Uma das primeiras coisas que você aprende quando começa a aprender a tocar um determinado instrumento é que cantar e tocar ao mesmo tempo é difícil. Com o passar do tempo você começa a dominar alguns padrões que vão te ajudando, até o músculo da sua memória ter decorado tudo. Depois de um tempo, você aprendeu um repertório bom de melodias e progressões do qual você pode sacar ideias na hora de escrever música. A parte ruim disso é que fica tão fácil, na hora de escrever, cair nas estruturas que já são familiares em vez de explorar uma ideia nova e animante, e você acaba com várias canções que se parecem entre si.

Um bom jeito de driblar esse bueiro é se afastar do instrumento.É frequente que eu não pegue o violão por semanas ou mesmo meses quando estou escrevendo uma nova composição. Isso pode parecer alienígena, mas este método permite que a música se defina para você. Se você andar por aí cantando sua música repetidamente, de um jeito bem abstrato, a cadência, a melodia e mesmo a estrutura de notas vão todos começar a se mostrar para você, como se a música estivesse pedindo para existir. Tente visualizar sua música respirando por ela mesma através da sua voz até a existência.  Esta é a ferramenta mais potente que já encontrei para a hora de escrever.

Se você usar essas ferramentas, eu garanto que terá resultados interessantes e surpreendentes. Te desejo boa sorte nas aventuras da composição — e por favor me conte algumas das suas ferramentas e truques próprios para escrever músicas emocionantes, na seção de comentários aqui embaixo.

Mais sobre o autor: Dan Hazlett se apresenta e faz turnês há mais de 30 anos, levando sua música animada e emocionante ao interior dos EUA.

Sua voz suave e cheia de ânimo, o jeito intimista de tocar violão e letras que tratam do cotidiano conseguiram o reconhecimento de eventos como o Chautaugua Songwriting Contest, Great Lakes Songwriting Contest, e a Billboard Songwriting Competition.  O Dan também foi indicado várias vezes ao Detroit Music Awards.

O Dan não só passou anos escrevendo suas próprias canções, mas também passou muito tempo ensinando o ofício.  Ele faz parte da equipe dos famosos retiros musicais Lamb’s Retreat for Songwriters,  Madison Songwriter’s Guild Retreat, e também ensinou na internacionalmente conhecida Interlochen Academy for the Arts.

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Carreira

Música Grupo viola baguá

Grupo Viola Baguá – Música Alma Caipira de Gonçalo Pavanello

Confira mais uma música do Grupo Viola Baguá, com a canção Música Alma Caipira de Gonçalo Pavanello.
FICHA TÉCNICA:
Célio Colella – Flauta/Percussão
Fernanda Diniz – Voz
Flávio Véspero – Voz/Violão
Gonçalo Pavanello – Viola
Gabriel Amorim – Violino/Percussão
Toni Vergilio – Voz
Vilson Moreno – Baixo/Voz/Percusão

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Samba e História do Samba

História do Samba, samba na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo, principais tipos de samba, sambistas, grupos de samba, carnaval

Origens do Samba, significado, História do Samba e principais sambistas

O samba surgiu da mistura de estilos musicais de origem africana e brasileira. O samba é tocado com instrumentos de percussão (tambor, surdo, timbau, pandeiro, entre outros) e acompanhado por violão e cavaquinho. Geralmente, as letras de sambas contam a vida e o cotidiano de quem mora nas cidades, com destaque para as populações pobres. O termo samba é de origem africana e tem seu significado ligado às danças típicas tribais do continente.

As raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil Colonial, com a chegada da mão-de-obra escrava em nosso país.

O primeiro samba gravado no Brasil foi Pelo Telefone, em janeiro de 1917, cantado por Baiano. A letra deste samba foi uma composição coletiva com a participação de João da Baiana, Pixinguinha, Donga e outros músicos que frequentavam a casa da Tia Ciata, no Rio de Janeiro. Donga (Ernesto Joaquim Maria dos Santos) havia registrado, na Biblioteca Nacional do Brasil, a letra deste samba em 27 de novembro de 1916.

Tempos depois, o samba toma as ruas e espalha-se pelos carnavais do Brasil. Neste período, os principais sambistas são: Sinhô Ismael Silva  e Heitor dos Prazeres.

Na década de 1930, as estações de rádio, em plena difusão pelo Brasil, passam a tocar os sambas para os lares. Os grandes sambistas e compositores desta época são: Noel Rosa autor de Conversa de Botequim; Cartola de As Rosas Não Falam; Dorival Caymmi de O Que É Que a Baiana Tem?; Ary Barroso, de Aquarela do Brasil; e Adoniran Barbosa, de Trem das Onze.

Na década de 1970 e 1980, começa a surgir uma nova geração de sambistas. Podemos destacar: Paulinho da Viola, Jorge Aragão, João Nogueira, Beth Carvalho, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Chico Buarque, João Bosco e Aldir Blanc.

Outros importantes sambistas de todos os tempos: Pixinguinha, Ataulfo Alves, Carmen Miranda (sucesso no Brasil e nos EUA), Elton Medeiros, Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Aracy de Almeida, Demônios da Garoa, Isaura Garcia, Candeia, Elis Regina, Nelson Sargento, Clara Nunes, Wilson Moreira, Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e Lamartine Babo.

Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo

Os tipos de samba mais conhecidos e que fazem mais sucesso são os da Bahia, do Rio de Janeiro e de São Paulo. O samba baiano é influenciado pelo lundu e maxixe, com letras simples, balanço rápido e ritmo repetitivo. A lambada, por exemplo, é neste estilo, pois tem origem no maxixe.

Já o samba de roda, surgido na Bahia no século XIX, apresenta elementos culturais afro-brasileiros. Com palmas e cantos, os dançarinos dançam dentro de uma roda. O som fica por conta de um conjunto musical, que utiliza viola, atabaque, berimbau, chocalho e pandeiro.

No Rio de Janeiro, o samba está ligado à vida nos morros, sendo que as letras falam da vida urbana, dos trabalhadores e das dificuldades da vida de uma forma amena e muitas vezes com humor.
Entre os paulistas, o samba ganha uma conotação de mistura de raças. Com influência italiana, as letras são mais elaboradas e o sotaque dos bairros de trabalhadores ganha espaço no estilo do samba de São Paulo.

Principais tipos de samba: 

Samba-enredo

Surge no Rio de Janeiro durante a década de 1930. O tema está ligado ao assunto que a escola de samba escolhe para o ano do desfile. Geralmente segue temas sociais ou culturais. Ele que define toda a coreografia e cenografia utilizada no desfile da escola de samba.

 

Samba de partido alto

Com letras improvisadas, falam sobre a realidade dos morros e das regiões mais carentes. É o estilo dos grandes mestres do samba. Os compositores de partido alto mais conhecidos são:  Moreira da Silva, Martinho da Vila e Zeca Pagodinho.

 

Pagode

Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, nos anos 70 (década de 1970), e ganhou as rádios e pistas de dança na década seguinte. Tem um ritmo repetitivo e utiliza instrumentos de percussão e sons eletrônicos. Espalhou-se rapidamente pelo Brasil, graças às letras simples e românticas. Os principais grupos são: Fundo de Quintal, Negritude Jr., Só Pra Contrariar, Raça Negra, Katinguelê, Patrulha do Samba, Pique Novo, Travessos, Art Popular.

 

Samba-canção

Surge na década de 1920, com ritmos lentos e letras sentimentais e românticas. Exemplo: Ai, Ioiô (1929), de Luís Peixoto.

 

Samba carnavalesco

Marchinhas e Sambas feitos para dançar e cantar nos bailes carnavalescos. Exemplos: Abre alas, Apaga a vela, Aurora, Balancê, Cabeleira do Zezé, Bandeira Branca, Chiquita Bacana, Colombina, Cidade Maravilhosa entre outras.

 

Samba-exaltação

Com letras patrióticas e ressaltando as maravilhas do Brasil, com acompanhamento de orquestra. Exemplo: Aquarela do Brasil, de Ary Barroso gravada em 1939 por Francisco Alves.

 

Samba de breque

Este estilo tem momentos de paradas rápidas, onde o cantor pode incluir comentários de caráter crítico ou humorístico. Um dos mestres deste estilo é Moreira da Silva.

 

Samba de gafieira  

Foi criado na década de 1940 e tem acompanhamento de orquestra. Rápido e muito forte na parte instrumental, é muito usado nas danças de salão.

 

Sambalanço

Surgiu nos anos 50 (década de 1950) em boates de São Paulo e Rio de Janeiro. Recebeu uma grande influência do jazz. Um dos mais significativos representantes do sambalanço é Jorge Ben Jor,  que mistura também elementos de outros estilos.

 

Dia Nacional do Samba e outras informações interessantes:

– Comemora-se em 2 de dezembro o Dia Nacional do Samba.

– Em 26 de novembro de 2016, completou 100 anos de Samba.

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Música potencializa tratamento contra hipertensão, aponta estudo

Pesquisa mostra que melodia ajuda a desacelerar batimentos cardíacos e a reduzir a pressão arterial

Uma pesquisa desenvolvida na Unesp (Universidade Estadual Paulista) mostra que a música pode intensificar os efeitos de medicamentos contra a hipertensão arterial.

O estudo, desenvolvido em parceria com a Faculdade de Juazeiro do Norte, a Faculdade de Medicina do ABC e a Oxford Brookes University (Inglaterra), identificou os benefícios da associação em 37 pacientes.

Os participantes da pesquisa foram avaliados durante dois dias. No primeiro, logo após ingerir a medicação, eles escutaram música durante uma hora.

No segundo, os remédios eram administrados, mas eles apenas usavam os fones sem nenhuma melodia.

“Nós concluímos que a música intensificou, em curto prazo, os efeitos benéficos do medicamento anti-hipertensivo sobre o coração”, disse o coordenador do estudo, o professor do Departamento de Fonoaudiologia da Unesp Vitor Engrácia Valenti.

Para verificar os efeitos da música, foi usado o método da variabilidade da frequência cardíaca, que tem mais precisão e sensibilidade para avaliar as alterações no coração. Entre os efeitos observados estão a desaceleração dos batimentos e a redução da pressão arterial.

Música pop

Os pacientes foram estimulados com músicas instrumentais das cantoras pop Adele e Enya. “Nós pensamos nessas músicas porque são mais popularmente aceitas”, comentou Valenti sobre a escolha. O grupo tem pesquisado desde 2012 os efeitos da música sobre o coração. Nos experimentos anteriores havia sido usada música erudita.

A partir de estudos feitos em animais, a hipótese dos pesquisadores para os resultados da associação entre o medicamento anti-hipertensão e a música é que a combinação aumenta a absorção dos remédios pelo organismo. “[A música age sobre] um nervo que estimula o sistema gastrointestinal, causa uma vasodilatação, aumenta a absorção do intestino nos animais. Uma hipótese é que a música acelerou a absorção do medicamento pelo intestino”, explicou o coordenador do trabalho.

Além de potencializar o tratamento em pacientes cardíacos ou hipertensos, Valenti acredita que a música pode se tornar um método auxiliar para prevenir o desenvolvimento da doença em pessoas com essa propensão. “A música pode ser associada com o medicamento para melhorar ainda mais a saúde dos pacientes, até preventivamente, quando a pessoa tem risco de desenvolver uma doença cardiorrespiratória”, acrescentou.

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Virada Cultural 2018 terá Caetano Veloso, Xuxa e quatro palcos regionais

De acordo com o secretário de Cultura, André Sturm, a expectativa é receber entre 3 e 3,5 milhões de pessoas

Se em 2017 a Virada Cultural enfrentou problemas e viu seu público reduzido, para 2018 a Secretaria buscou uma programação mais robusta para voltar a preencher as ruas do centro, mas manteve a ideia de descentralização ao montar quatro palcos regionais com grandes atrações. A 14ª edição do evento ocorre nos dias 19 e 20 de maio.

Entre os nomes anunciados nesta quarta-feira, 25, em uma coletiva de imprensa na Biblioteca Mário de Andrade, para atividades no centro da cidade estão: Caetano Veloso (com o bloco Tarado ni Você), É o Tchan, o show da Xuxa, Balão Mágico, Nação Zumbi, Ira!, Fat Family, Fernanda Abreu, Emicida, entre outros. A programação completa está disponível no site viradacultural.prefeitura.sp.gov.br.

De acordo com o secretário de Cultura, André Sturm, a expectativa é receber entre 3 e 3,5 milhões de pessoas. O público oficial no ano passado foi de 1,6 milhão.

“Fizemos consultas com astrólogos e astrônomos e tentamos São Pedro”, brincou, se referindo à chuva que castigou o evento ano passado. “Mas este ano fizemos uma programação impactante, com vários artistas de peso”, disse. Ele afirmou que o fato de artistas de grande porte, como Karol Conka, Nação Zumbi, Beth Carvalho e Diogo Nogueira estarem escalados para os palcos regionais vai mobilizar o público que não quer ou não pode ir até o centro.

Os palcos regionais ficam na Chácara do Jockey, na Praça do Campo Limpo, no Parque da Juventude e em Itaquera.

No centro, locais como a Praça da Republica, Largo do Arouche, Largo São Bento, Theatro Municipal, Biblioteca Mário de Andrade e Centro Cultural São Paulo recebem shows e atividades.

O corredor cultural da Avenida Paulista também terá programação nos dois dias, integradas à Virada.

Um Palco Gospel será montado no Centro Esportivo Tietê. Segundo o secretário, não haverá proselitismo religioso.

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