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Musicoterapia: conheça algumas terapias feitas com música

A vibração do gongo, a delicadeza da lira, a refinada taça tibetana… Descubra alguns instrumentos musicais que podem ser importantes aliados nas terapias

Passarinhos cantando numa manhã de domingo. O barulhinho da chuva na hora de dormir. As buzinas insistentes que tornam o trânsito ainda mais desagradável. Estejamos ou não conscientes, vivemos imersos numa partitura sonora que influi positiva ou negativamente em nossa saúde física, mental e emocional. Se não podemos controlar os ritmos externos que desarmonizam a vida, a boa notícia é que existem terapias que tiram partido de acordes agradáveis para nos devolver o bem-estar.

“É possível tratar dores, aliviar o estresse e a ansiedade, restabelecer o equilíbrio do sistema endócrino, melhorar as dores de cabeça e ainda equilibrar e limpar os centros energéticos do corpo por meio do som”, afirma o musicoterapeuta Diogo Camargo, de São Paulo. “Instrumentos específicos, como taças tibetanas, tingshas, gongos e mesa lira, entre outros, possuem uma variedade de harmônicos [sons simultâneos com base em uma nota musical fundamental, mais intensa] que são capazes de massagear cada célula do nosso corpo”, completa.

No livro Emotion and Meaning in Music (sem tradução brasileira), Leonard B. Meyer, americano estudioso do tema, parte do pressuposto da física quântica de que toda matéria estaria em constante vibração para explicar por que determinados tipos de som podem nos beneficiar. Segundo ele, se tudo o que vibra possui uma frequência – número de oscilações por segundo –, cada órgão do nosso organismo possuiria a sua. Ao emitir o som de um instrumento com essa mesma frequência, ondas sonoras e células entrariam em ressonância, reverberando um estado de saúde por todo o organismo. Da mesma forma, seria possível descobrir áreas doentes do corpo. “Por exemplo, quando manipulo o instrumento tingsha, que tem o toque de um sino, o órgão que está sendo trabalhado reage aos padrões de compressão e dilatação causados pelas ondas sonoras. Se há algo errado, a frequência é alterada, e os harmônicos oscilam”, explica o terapeuta sonoro paulistano Peterson Menezes.

Utilizar o som como ferramenta para promover a saúde e o bem-estar é uma prática antiga. Por volta de 340 a.C., Alexandre, o Grande, costumava deitarse ouvindo a lira para dissipar o estresse das batalhas. Na cultura helenística, na mesma época, a flauta era usada para atenuar a dor ciática e a gota. Na Bíblia, o Velho Testamento conta que, quando Davi tocava sua harpa, a depressão do rei Saul se esvaía. Se os exemplos históricos não convencem os céticos, alguns estudos dão sustância à ideia de que o som pode ser um poderoso aliado. Em 1787, o físico alemão Ernst Chladni provou que, submetidos às ondas acústicas de um arco de violino, grãos de areia formavam imagens harmônicas ou caóticas, dependendo da altura da nota a que eram submetidos. O médico, físico e músico alemão Hans Jenny fez uma experiência parecida em 1960. Ele fotografou tipos de pó, semissólidos (como mercúrio) e líquidos sob a influência de sons distintos. As mesmas imagens – geométricas e cheias de beleza ou feias e assimétricas – apareceram, dependendo, entre outros fatores, da frequência do som emitido.

O fato de sermos compostos de cerca de 70% de água nos torna privilegiados para receber os benefícios das ondas sonoras, pois elas se propagam em meio líquido. Não basta, porém, comprar os instrumentos e manipulá-los a esmo para se obter os efeitos terapêuticos. Para isso acontecer, é necessário um toque na frequência, no ritmo, no volume, na altura e na intensidade adequados à parte do corpo que se quer trabalhar. Os terapeutas costumam consultar tabelas como a védica, a indiana e ainda outras para checar essas informações. “Ainda assim, não é uma ciência exata”, afirma o educador musical e terapeuta Marcelo Petraglia, da capital paulista. “Cada pessoa tem uma memória sonoraemocional própria. O terapeuta precisa estudá-la, conversando com o paciente ou submetendo-o a questionários para só então fazer um tratamento personalizado. Com base nisso, ele descobrirá os instrumentos e as formas de tocá-los mais apropriadas a cada caso”, completa.

Banho de gongo

Há indícios da existência do gongo – cujas propriedades revigorantes o tornam um dos mais estimados entre os terapeutas sonoros – desde a Idade do Bronze, por volta de 3 300 a.C. “A frequência da sua onda sonora costuma ser bem espaçada. Isso lhe confere o poder de reverberar dentro das células, limpando o corpo de padrões vibratórios negativos”, afirma Peterson Menezes, um dos poucos brasileiros a fabricar o instrumento em grandes dimensões (acima de 80 cm).

Ao contrário do que os filmes de artes marciais nos levam a crer, no entanto, o volume de um gongo não é necessariamente alto. Ele se parece mais com um vento, com um som em cascata. “A frequência depende também do seu tamanho. Cada nota age numa estrutura do corpo humano, e a forma como se toca e por quanto tempo variam de acordo com o objetivo terapêutico”, completa Peterson.

O chamado banho de gongo seria justamente a imersão nas ondas sonoras do instrumento, indicadas para fortalecer o sistema nervoso e atuar no alívio de doenças como a depressão e a síndrome do pânico. O paciente pode tanto ficar de pé na frente do instrumento, como de costas para ele ou deitado. Maria Regina Quintino, aposentada, 60 anos, faz análise para se tratar da depressão, mas complementa o tratamento com a terapia sonora: “Estou tomando o banho há seis meses, a cada quinze dias. Venho me sentindo mais leve e com mais pensamentos positivos”, relata.

Outra experiência singular é participar de um concerto meditativo coletivo. O terapeuta sonoro Daniel Ramam, do Rio de Janeiro, explica: “Os pacientes ficam deitados e recebem as ondas sonoras de taças tibetanas, gongos, taças de cristal, didgeridoo, entre outros. As vibrações circulam entre as pessoas, gerando um ambiente de saúde e harmonia”.

 

Mesa Lira

 

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Mais conhecida pela expressão em inglês, monochord table, a mesa lira é uma grande caixa de ressonância (sobre a qual é possível deitar-se) suspensa por pés de madeira e embaixo da qual existem 42 cordas de aço afinadas, na maioria dos casos, em ré (os terapeutas costumam preferir a nota por ter uma tonalidade grave e criar várias notas afins harmônicas). Sua origem é controversa. Alguns acreditam que ela seja parente do instrumento monocórdio, inventado, segundo alguns estudiosos, pelo matemático Pitágoras por volta de 500 a.C. Outros discordam do parentesco e creditam tanto a criação da mesa quanto o seu desenvolvimento para propósitos terapêuticos ao musicoterapeuta suíço Joachim Marz, nos anos 1980. O que é unânime, porém, entre os terapeutas do som é o potencial do instrumento para desbloquear tensões, realinhar os centros de energia do corpo e atuar nos sistemas metabólico e neurossensorial. “As muitas cordas afinadas no mesmo tom formam um especial e poderoso campo de harmônicos, que vibra frequências benéficas para todo o organismo”, conta o terapeuta Marcelo Petraglia, que introduziu a terapia com a mesa lira no Brasil em 2002.

“Outro benefício da mesa é que, como o paciente fica deitado sobre ela, os sons atravessam o corpo inteiro e passeiam pela coluna vertebral, distribuindo-se de forma equânime”, afirma o musicoterapeuta Diogo Camargo. O dentista Sérgio Fernandes, 43 anos, experimentou outras terapias sonoras, mas só na mesa lira encontrou alívio para as dores de cabeça: “O som é bastante forte e poderoso. Percorre a espinha dorsal de cima a baixo. Depois de quatro meses de terapia, consegui, enfim, me livrar dos analgésicos”.

 

Taças tibetanas

 

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Acredita-se que a prática terapêutica com taças tibetanas (vasilhames semelhantes a cuias) tem origem na cultura xamanista Bön, na Idade do Bronze. Esse povo vivia na região dos Himalaias e empregava os sons das taças, compostas predominantemente de cobre, para promover a saúde da comunidade.

“O propósito da terapia é fazer o paciente relaxar e, assim, despertar o poder autocurativo do corpo”, afirma a terapeuta sonora Regina Santos, do Rio de Janeiro. As vibrações produzidas pelo instrumento induzem o paciente a estados alterados de consciência, onde se geram ondas alfa e teta. Essas ondas são formadas naturalmente pelo cérebro quando estamos relaxados, em meditação, ou em sono superficial, respectivamente.

Os tipos e os tamanhos das taças variam de acordo com o método de trabalho utilizado pelo terapeuta. Na metodologia desenvolvida pelo engenheiro e pedagogo alemão Peter Hess – depois de realizar investigações biofísicas com monges no Nepal e na Índia, nos anos 1960 –, são três peças principais: a taça da bacia (29 cm de diâmetro), indicada para o tratamento de abdome, baixo-ventre, costas e quadris; a taça do coração (17 cm), para pescoço, coração e cabeça; e a taça universal (21 cm), recomendada para os membros e as articulações. Durante a massagem, enquanto o paciente está deitado, o terapeuta tanto pode mover e tocar as taças no ar, por cima do corpo dele, ou posicioná-las na área a ser trabalhada.

A pedagoga Fernanda Casilaro, 36 anos, é adepta do tratamento há três anos. “Eu sentia muitas dores na coluna, mas os exames pedidos pelo fisioterapeuta não apontavam nada. Com a massagem das taças, as dores sumiram. Acho que elas eram resultado do estresse e que eu só precisava relaxar e harmonizar as energias do corpo para me livrar delas”, conta.

Em sua tese de doutorado, finalizada em 2006, a pesquisadora alemã Christina Koller acompanhou 201 pessoas, com idades entre 21 e 78 anos, na Alemanha, na Suíça e na Áustria, que se submeteram a cinco massagens sonoras com as taças tibetanas, no período de uma semana. Ela aplicou questionários para medir a saúde física, mental e emocional dos participantes antes e depois de serem submetidos à terapia. Chegou à conclusão de que as pessoas obtiveram benefícios como diminuição do estresse e reforço de uma imagem corporal positiva. E mais ainda: ao aplicar os questionários cinco semanas após o tratamento, confirmou que os pacientes haviam mantido esses benefícios. Pode-se dizer que a paz se mantém para além da prazerosa hora ou hora e meia (dependendo da técnica empregada) de som-terapia.

Sequência de exercícios para manter a tranquilidade

Preparação: Sente-se confortavelmente, com os joelhos separados e a coluna ereta. Inspire e expire profundamente. Duração: 3 min.

Exercício 1: Ao inspirar e expirar, preste atenção ao som da passagem do ar pelas narinas. Se não for possível ouvi-lo, respire de forma um pouco mais forte, mas não por muito tempo. A ideia é perceber o som da sua respiração natural. Duração: 10 min.

Exercício 2: Com a boca fechada, busque relaxar a garganta, expandindo-a. Na hora de inspirar e expirar, faça o ar friccioná-la. Esse movimento provoca um som parecido com o de uma onda no mar. Você deve se concentrar nesse som e voltar a ele pacientemente toda vez que a sua mente se distrair com pensamentos. Duração: 3 min.

Exercício 3: Concentre-se nos sons do ambiente. Procure ouvir os mais próximos (o vento que entra pela janela, por exemplo) e os mais distantes (sons de pássaros, movimentos da rua etc.). Tente não formar julgamentos sobre esses sons, se são bons ou ruins. Apenas sinta-os e permaneça concentrado no presente. Duração: 10 min.

Exercício 4: Com o corpo relaxado e a coluna ereta, concentre a sua atenção na região peitoral até começar a ouvir as batidas do coração. Ouça-as com serenidade e atenção. Duração: 3 min. exercício 5: Inspire profundamente, enchendo primeiro a barriga com o ar, depois o tórax e, por último, a região dos ombros. Abra bem o maxilar e solte o ar emitindo o som do mantra “Om” até a barriga se esvaziar. Procure vocalizar a mesma quantidade de O e de M. Duração: nove repetições.

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Qual tipo de música é mais popular no Brasil?

De norte a sul do Brasil, não deu outra: hits de pagode dominam as listas de mais pedidas nas principais rádios do país. Junto com o sertanejo, o segundo gênero mais popular, o pagode domina o ranking em rádios FM de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Brasília, Fortaleza e Belém. E não é por acaso, já que os dois ritmos mais ouvidos são genuinamente brasileiros. O pagode surgiu no Rio de Janeiro nos anos 70, em festas que combinavam bebida, feijoada e, claro, samba. Já a música sertaneja nasceu no interior de São Paulo na década de 1920, quando ainda era chamada de caipira. De lá para cá, deixaram de agradar apenas a um grupo específico e caíram nas graças do povo.

O POVO QUER OUVIRNo ar, as mais pedidas nas rádios do Brasil*

32% PAGODE

Os pagodes românticos são os preferidos dos ouvintes brasileiros. E o cantor Belo, depois de amargar alguns anos na cadeia, voltou com força total com a música “Tudo

Mudou”, de seu último disco, Primavera, lançado em 2009. Ele aparece nos top 5 de cinco das dez rádios pesquisadas, dominando as primeiras posições no Rio de Janeiro, em Porto Alegre e em Salvador

20% SERTANEJO

Atualmente, o pagode lidera o ranking das mais pedidas, mas, em 2009, o gênero mais tocado foi o sertanejo, nas vozes de João Bosco e Vinicius, Victor e Leo, Cesar Menotti e Fabiano, Fernando e Sorocaba, entre outros. As duplas são os expoentes do gênero sertanejo universitário, que neste ano ganhou a companhia do furacão Luan Santana

16% INTERNACIONAIS

“Alejandro”, de Lady Gaga, é a primeira nas rádios de São Paulo e também aparece no ranking de Porto Alegre. Justin Bieber entra no top 5 dos paulistas, com “Baby” e “One Time”. Já no ano passado, a lista era bem diferente. As mais tocadas foram “Boom Boom Pow”, do Black Eyed Peas; “I’m Yours”, de Jason Mraz; e “Halo”, de Beyoncé

14% POP/ROCK NACIONAL

NX Zero carrega nas costas o desempenho do rock brasileiro nas rádios. A banda também é uma das recordistas de dowloads pagos no Brasil – mais de 100 mil só em 2009. Sandy aparece na lista de Belo Horizonte, e Paula Fernandes é uma das mais pedidas em Brasília

10% FORRÓ

Em Fortaleza e em Belém, o forró domina as paradas. Garota Safada, Forró do Muído e Desejo de Menina são três das bandas mais pedidas na capital do Ceará, uma das cidades com mais tradição no gênero musical

4% AXÉ

Aparece entre as mais pedidas de Salvador e Belém. Psirico, com “Firme e Forte”, e Cláudia Leitte, com “Famosa”, estão no topo. O fênomeno do “Rebolation”, do grupo Parangolé, também não fica de fora. Em 2009, o gênero era representado pela baiana Ivete Sangalo com a música “Agora Eu Já Sei”

2% RAP

O Sampa Crew é o único representante do gênero na lista. Em Salvador, eles ocupam o segundo lugar no top 5 das mais pedidas. Bem diferente do rap original, que surgiu na Jamaica e ganhou as periferias dos EUA, o grupo brasileiro aposta em uma mistura de rap romântico com charm, funk e soul

2% FUNK

O único funk da lista só estava nas mais pedidas de uma rádio carioca. Depois da febre do “Cerol na Mão”, do Bonde do Tigrão, e do “Melo do Créu”, de MC Créu, sucesso em 2005, os funkeiros têm que se contentar com a música “Chantilly”, do cantor Naldo

– De cada dez CDs vendidos no Brasil, metade são cópias falsas. Em 2009, foram retirados do mercado 45,53 milhões de CDs e DVDs piratas

FORMATO MUSICAL
A música em MP3 está em alta, mas os já nostálgicos CDs ainda movimentam o mercado no BrasilFORMATO DIGITAL11,9%

DVDS E BLU-RAY*

28,1%

CDS

60%

CAMPEÕES DE DISCOS
Sertanejos e religiosos foram os recordistas em vendas em 2009263.602 CÓPIASPADRE FÁBIO DE MELLO

ÁLBUM Iluminar

GÊNERO Religioso

261.483 CÓPIAS

ZEZÉ DI CAMARGO & LUCIANO

ÁLBUM Zezé Di Camargo & Luciano (2008)

GÊNERO Sertanejo

239.151 CÓPIAS

BEYONCÉ

ÁLBUM I Am… Sacha Fierce

GÊNERO Internacional

206.402 CÓPIAS

ROBERTO CARLOS

ÁLBUM Elas Cantam Roberto Carlos

GÊNERO MPB

205.877 CÓPIAS

VÁRIOS

ÁLBUM Promessas

GÊNERO Religioso

* Pesquisa realizada em dez rádios brasileiras em julho de 2010: Jovem Pan FM (SP), Transamérica (SP), FM O Dia (RJ), Beat 98 (RJ), Cidade (RS), BH FM (MG), Piatã FM (BA), Mega FM (DF),FM 93

FONTE Ecad; Havocscope.com; Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD); International Federation of the Phonographic Industry (IFPI); Sony Music; Som Livre; International Intellectual Property Alliance

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Trilha Sonora

A música é reconhecida há muito tempo como uma arte peculiar, pois pode incentivar certas atitudes ou despertar algumas emoções particulares nos que a ouvem. Com seu potencial sensibilizador, tornou-se ferramenta essencial na construção da técnica narrativa em todas as tradições culturais, sendo assim conectada intimamente à produção e emissão da simbologia desejada.
Pode-se afirmar, portanto, que a trilha sonora consiste na instrumentalização da música e das sonoridades como fatores fundamentais na criação de uma história, seja qual for o veículo que irá transmiti-la – cinema, teatro, televisão, entre outros. É a totalidade das composições musicais apresentadas em uma película cinematográfica, nos programas televisivos, em videogames, etc. Esta definição abrange a música original, ou seja, aquela elaborada exclusivamente para uma produção artística; ou determinadas criações musicais e trechos de obras que já circulavam antes deste trabalho específico.

Desde o século XIX as películas cinematográficas são exibidas com o acompanhamento de orquestras ou pianos, principalmente na época do cinema mudo, quando os únicos sons produzidos eram os acordes tocados por um pianista ou pelos instrumentistas de uma orquestra.

Não há um consenso sobre a melhor forma de se conjugar o cinema e a música. Enquanto determinados pesquisadores acreditam que os sons devem se restringir a sua tarefa utilitária e, portanto, precisam estar sujeitos a critérios que definam seu nível funcional, outros consideram a música cinematográfica como um meio de expressão particular, com qualidades e normas estéticas intrínsecas. A trilha sonora não é, assim, secundária a nenhum outro elemento da produção, direção de arte, roteiro, etc.

Muitas vezes, por desconhecimento destas peculiaridades; pelos interesses que regem o mercado e impõem um número abusivo de gravações, ou a carência de recursos para produzir uma música de qualidade; ou até mesmo pela ignorância da técnica cinematográfica, gera-se uma trilha sonora artisticamente desprovida de valor. Estas inquietações devem ser igualmente estendidas às músicas que se ligam a outros veículos artísticos, como o teatro e a televisão.

A trilha sonora mais elaborada é a que torna a narrativa mais densa e rica, harmonizando-se com as outras técnicas cinematográficas e gerando uma experiência emocional original. Ela extrai o melhor de compositores clássicos, das suas criações menos conhecidas, que se transformam em peças célebres ao serem ouvidas em determinadas produções; ou é composta pelos frutos mais significativos dos instrumentistas modernos, que muitas vezes conhecem a fama quando têm seus nomes associados aos mestres do cinema.

Compor uma trilha sonora exige que os responsáveis por ela meditem com cuidado sobre seu desenvolvimento e manejem ferramentas e recursos teóricos compatíveis com o trabalho que está sendo empreendido. Uma produção bem realizada – ao equilibrar cuidadosamente o som, a imagem e as falas dos personagens – permite que a música imprima o caráter de um filme, a sua face específica, seja qual for o estilo musical empregado nesta obra.

Algumas canções são inseridas na gravação da trilha sonora de um filme sem necessariamente terem sido produzidas para essa obra em particular, ou sem que mesmo tenham sido tocadas ao longo do filme. Elas são como coadjuvantes em meio às músicas mais importantes, que realmente definem esta produção.

Fontes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Banda_sonora
http://www.animamusic.com.br/ex_apostila.pdf

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Música faz bem a saúde do coração e proporciona alegria e bem-estar

A escolha do acorde certo é fundamental para o sucesso do tratamento

Que a música faz bem ao corpo e a mente, todo mundo sabe (ou já sentiu). Você ouve um acorde ali, outro acolá e em poucos segundos é tomado por emoções que acalmam fazem você viajar no tempo e relaxar.

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Como surgiram os diferentes ritmos latinos?

Quase todos, com exceção da salsa e do tango, nasceram da mistura de danças e ritmos herdados da Europa e da África. Essa história começou na França de Luís XIV (1643-1715). Dos animados bailes promovidos por ele no Palácio de Versalhes, a contradança francesa – uma espécie de quadrilha que divertia os nobres da época – foi importada pela corte espanhola e depois rumou para colônias no Caribe, como Cuba, Haiti e República Dominicana. A outra grande influência na criação dos ritmos caribenhos veio dos escravos que os colonizadores traziam da África para a América. Das tribos africanas, dois grandes grupos étnicos foram especialmente explorados como mão-de-obra: os bantos e os iorubás, que habitavam regiões onde ficam hoje Nigéria e Camarões. Além da força de trabalho, os primeiros africanos que chegaram ao Caribe trouxeram seus tambores e danças religiosas.

No século XVIII, escravos da região começaram a unir essas várias heranças culturais, criando a contradanza criolla, que misturava a contradança européia com instrumentos musicais e expressão corporal de origem africana. A partir de meados do século XIX, uma das colônias que se destacaram pela riqueza dos novos ritmos produzidos foi Cuba, que logo se tornaria a principal exportadora de sons e danças caribenhas. Isso porque, além da variedade rítmica ali desenvolvida, o país também atraiu um grande número de turistas dos Estados Unidos até a primeira metade do século XX. “A cultura popular cubana foi muito divulgada com a ajuda do cinema e dos americanos antes da revolução que levou Fidel Castro ao poder em 1959. E, depois disso, passou a ser muito pesquisada”, diz a percussionista Glória Cunha, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A partir daí, rumba, chá-chá-chá, merengue e muitos outros estilos latinos se espalharam, elevando a temperatura dos salões no mundo inteiro.

Baile continental A América Latina deu ao mundo um banquete de estilos musicais1. Cumbia

Criada no seio da comunidade negra colombiana, a cumbia se desenvolveu principalmente na costa atlântica do país. Conhecida como “dança dos escravos”, ela exige a máxima sincronia do par de dançarinos, que precisam manter os pés de um na frente dos do outro durante todo o bailado. A cumbia sofreu tanta influência dos ritmos cubanos que atualmente é difícil distingui-la da rumba. E não foi só a música que absorveu essa herança, já que alguns passos da cumbia lembram um pouco a salsa cubana

2. Tango

O estilo apareceu nos subúrbios de Buenos Aires, por volta de 1880. Sua origem é a fusão de ritmos hispânicos, como o flamenco, com a milonga, uma dança que já existia na Argentina e que, por ser extremamente sensual, tinha reputação duvidosa. Inicialmente alegre, o tango mostrou sua faceta melancólica graças às tristes canções gravadas pelo ídolo popular Carlos Gardel nas primeiras décadas do século XX. Sua base musical concentra-se em piano, violino e bandônion (um tipo de acordeão)

3. Salsa

Apesar de ter raízes na ilha de Fidel Castro, a salsa surgiu em Nova York na década de 60. Foi o músico porto-riquenho Izzy Sanabria quem teve a idéia de unir vários ritmos cubanos ao jazz para criar um som que agradasse aos imigrantes de língua espanhola que viviam nos Estados Unidos. Uma banda de salsa comporta de 10 a 14 músicos tocando piano, baixo, trompete, saxofone e percussão variadíssima – enquanto a dança em si usa os mesmos passos da rumba e do mambo em cadência mais rápida

4. Merengue

Desde 1930, o merengue é reconhecido como ritmo e dança nacionais da República Dominicana. No entanto, suas origens pertencem também ao Haiti, onde ele é tocado mais lento. Por volta de 1800, o ritmo já havia se espalhado por outros países da América Latina, como Venezuela e Colômbia. A estrutura musical baseia-se em instrumentos de corda, como o violão, percussão e acordeão. A dança, que sofreu grande influência africana, tem movimentos ritmados dos quadris e da pélvis

5. Conga

Depois de ter nascido como um ritmo para brincar na rua, como no nosso carnaval, a conga ficou conhecida nos Estados Unidos como dança de salão, com a ajuda do músico e ator cubano Desi Arnaz, marido da comediante Lucille Ball e co-astro da série de TV I Love Lucy. Após conhecer seu auge na década de 30, o estilo amargou um certo esquecimento. Como tantos outros ritmos latinos, seu molho principal vem de instrumentos de percussão, enquanto os passos consistem, basicamente, em chutes para os lados e pequenos saltos para a frente e para trás

6. Rumba

Criada a partir da influência de ritmos espanhóis e africanos durante a colonização do país, a rumba foi um dos primeiros estilos musicais latinos a romper fronteiras e se popularizar nos Estados Unidos, uma trajetória que começou no início do século XX. Um dos instrumentos mais importantes para marcar o compasso é a clave, formada por duas peças cilíndricas de percussão batidas uma na outra. Para dançar rumba é preciso ter boa cintura, pois sua marca registrada é o movimento acelerado e sacolejante dos quadris

7. Chá-chá-chá

Depois de criado em 1948 pelo violinista cubano Enrique Jorrín, o estilo foi popularizado na Europa e nos Estados Unidos por um professor de dança inglês chamado Pierre Margolie. Em uma visita a Cuba, Margolie teve contato com o ritmo e adotou alguns passos extras do mambo para criar um novo tipo de coreografia, mais lenta e mais fácil de dançar que o próprio mambo – o que ajudou a torná-la sucesso entre branquelas de cintura dura

8. Mambo

Descendente direto da rumba, o mambo começou sua expansão internacional ao ser apresentado aos americanos pelo músico cubano Pérez Prado na década de 40. Nos anos 50, o ritmo conquistou Nova York e era tocado por band leaders como Tito Puente, Machito e Tito Rodrigues nos clubes mais sofisticados da cidade. O mambo pode ser dançado separadamente ou por casais – em dupla, porém, é preciso manter uma ligeira distância para que os quadris possam acompanhar o ritmo das maracas, um tipo de chocalho

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Parentesco entre música e religião é extremamente próximo

Duas manifestações aparentemente diversas têm origem nas mesmas necessidades humanas e partem do subconsciente. Canções substituem a oração para alguns, e outros utilizam o ritual como estratégia de marketing.

“Para mim, cantar é como um mantra que cura”, revelou a cantora pop italiana Gianna Nannini numa entrevista recente. “Cantar me deixa como que em transe, me faz feliz e transforma minha consciência. E é essa sensação que eu quero levar pelo mundo afora.” E, por via das dúvidas, esclarece: “Mas não sou religiosa”.

Nannini podia estar falando em nome de muitos de seus colegas, de Jimi Hendrix a Santana, que se dissolvem na própria música e se entregam a uma sensação de êxtase. Os fãs também não conseguem escapar dessa atração, pois o efeito dos sons é subconsciente.

“Música e religião têm a mesma origem”, diz a musicóloga e psicóloga suíça Maria Spychiger, que atua em Frankfurt. “Ambas desencadeiam sentimentos difíceis de definir com palavras, têm a capacidade de provocar experiências que ultrapassam o dia a dia.”

“Bater de asas de um anjo”

DW_Voodoo14Transe ao som de tambores em cerimônia vudu

O poder espiritual da música se faz sentir desde os primórdios da história humana até hoje. Em pleno século 21, xamãs empregam em seus rituais o toque de tambores ou sons de flauta. Entre os povos nativos, a música não serve apenas para diversão, mas também ajuda a entrar em contato com os deuses.

No cristianismo, a arte dos sons sempre desempenhou um papel importante. Do canto gregoriano ao gospel, passando pelas cantatas de Johann Sebastian Bach, a música encontra uma linguagem própria para o lamento e o júbilo, a meditação e o êxtase.

Heiner Gembris, especialista em psicologia musical, descreve com uma imagem poética a relação entre esses dois âmbitos: “A música é como o bater de asas de um anjo, que nos toca e faz sentir a presença de algo maior, que nos eleva para além dos limites de nossa prisão no mundo”.

Kreischende Teenager beim KonzertAdolescentes berram até o êxtase diante de seus ídolos

No mundo ocidental secularizado, o aspecto religioso da música é cada vez mais colocado em segundo plano. Ao mesmo tempo, os jovens transferem em massa aos astros musicais a idolatria que a geração de seus avós dedicava a Nossa Senhora ou aos santos. Nos shows ao vivo, eles vivenciam sentimentos antes reservados ao campo da oração ou dos rituais religiosos: aqui eles procuram alegria e consolo.

“O lado espiritual não brota simplesmente dos seres humanos”, explica Spychiger. “Eles recorrem, antes, a conteúdos já presentes na sua cultura. Para muitos a música tem um valor elevado, nela eles encontram significado e sentido existencial. E alguns até mesmo satisfazem suas necessidades religiosas através do meio música.”

Jugendliche tanzen im Club Adagio am Potsdamer Platz Berlin FLASH GalerieDJs exploram fatos científicos ao escolher seu repertório

Fãs como Elisabeth Dick, de 36 anos, corroboram plenamente tal afirmação. “Antes, eu gostava de escutar o Enigma. A música suave da banda era absolutamente espiritual para mim, me dava a sensação de estar flutuando em outras esferas.” Hoje em dia, ela vai muito a shows de rock. “Não é para pensar que tenha qualquer coisa a ver com espiritualidade, mas, quando centenas de fãs dançam a noite toda, é bem fácil a pessoa se sentir levada. Aí eu fico como se fosse em transe.”

Esse fenômeno também se manifesta nas festas techno. Os jovens se movem ao som de um ritmo compulsivo e pulsante, o qual, segundo estudos científicos, opera sobre o sistema neurovegetativo, em todo o corpo. Os DJs fazem uso desse saber, ao encadear músicas com a mesma frequência de batidas por minuto. Após horas seguidas consumindo esses ritmos, os dançarinos entram em estado de transe.

A tentação de ser superstar

Assim, não são apenas os astros da música, mas também os DJs a ganharem statur de ídolos semirreligiosos, imitados sobretudo pelos jovens em fase de formação da personalidade. Ou, como sintetiza a cantora norte-americana Pink numa de suas músicas de maior sucesso: “God is a DJ” (Deus é um DJ).

Deutschland Musik Wave - Gotik - Treffen in LeipzigAdeptos do “gothic” se distinguem pela roupa, penteado e maquiagem

Além disso, nos concertos dos seus superstars os fãs desenvolvem um sentimento de comunidade com os demais espectadores. Através de determinados rituais – como vestuário ou ornamentação corporal – alguns grupos até mesmo se isolam intencionalmente dos adeptos de outros estilos musicais.

A mistificação também tem um papel forte na comercialização dos artistas, e a indústria de publicidade trabalha avidamente para transformá-los em supersseres humanos.

A fascinante promessa de se transformar num desses super-homens se reflete em formatos televisivos como Idols/ Superstar (criado na Inglaterra em 2001), ou The Voice (Holanda, 2010). Estas e outras franquias basicamente exploram o desejo de milhares de jovens, que sonham com uma carreira estrondosa como músicos.

Fiéis, hereges e falsos sacerdotes

20.06.2013 DW popXport Xavier NaidooCantor soul alemão Xavier Naidoo

O papel da religião para cada músico é bastante diverso. Há cantores religiosos, como o alemão Xavier Naidoo, que expressa sua fé nas letras e também na vida quotidiana. Cristão convicto, ele afirma rezar duas vezes por dia.

Outros empregam símbolos religiosos com o fim de provocar. Como Madonna, ao pintar nas mãos as chagas de Cristo e utilizar o crucifixo para fins pouco ortodoxos. O Vaticano escandalizou-se, enquanto a estrela falava em um sinal de emancipação. No fim das contas, tais ações são, em grande parte, uma esperta estratégia de marketing.

Flash-Galerie Michael Jackson This Is ItLuzes e outros efeitos transformavam Michael Jackson num quase deus

Ainda outros, como Michael Jackson, se celebram no palco com fogo, efeitos de luz bombásticos e impressionantes shows de laser. Segundo psicólogos, cenários desse tipo manipulam a percepção dos espectadores, ao aproximar o artista da imagem de um Redentor que condescende em se apresentar a seu povo. O concerto se converte num ritual pomposo, lançando mão de um simbolismo que lembra o Velho Testamento da Bíblia, em que Deus se mostra em pessoa.

Para os amantes do pop e rock, tais análises são totalmente supérfluas: o importante é se divertir. Como relata um fã de 19 anos: “Quando vou a um show de rock com meus colegas, é uma libertação. A gente voa em direção ao céu. Toda a porcaria da semana, o chefe que enche o saco, de repente tudo isso está lá longe e não faz a menor diferença. Eu me sinto como se tivesse chegado a algum lugar… no meu próprio mundo”.

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Carreira

FLÁVIO VÉSPERO!

O cantor e compositor Flávio Véspero começou sua formação musical de modo autodidata em 1977, com ênfase em violão clássico, solfejo e canto. Posteriormente, desenvolveu estudos de harmonia e rítmica sob a orientação de Mario Albanese, um dos fundadores do Ritmo Jequibau.

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Novidades

Top 10 músicas inesquecíveis de Copa do Mundo

Algumas nos fizeram rir, outras chorar, e as melhores, comemorar! Confira uma lista de hits da Copa do Mundo que marcaram os Mundiais!

Ter uma canção como tema oficial de uma Copa do Mundo é, sem dúvida, um bom negócio. Qual artista não gostaria de se apresentar para uma plateia de 1 bilhão de pessoas, número aproximado de gente que estará ligada no evento de abertura do evento, hein?! Por isso, entra ano de Mundial, sai ano, alguma canção tenta ganhar o título de hino. Qual será o desta Copa?

10. Los Ramblers – El Rock del Mundial (Chile, 1962)

O primeiro a gente nunca esquece, não é mesmo? E por mais que a música não seja a mais popular desta lista, afinal, foi lançada há mais de 50 anos (!!!), é importante por ter dado o pontapé inicial na moda “músicas da Copa” e por ser uma das músicas de maior sucesso do Chile, foram vendidas mais de 2 milhões de cópias. E, ah, nesse Mundial o Brasil foi o grande campeão em vitória contra a Tchecoslováquia. O hit deu sorte?

9. Claudia Leitte, Pitbull e Jennifer Lopez – We Are One (Brasil, 2014)

Bastante criticada, tanto no Brasil, quanto pela imprensa estrangeira, por não dar o devido destaque para a representante brasileira Claudia Leitte, que canta por apenas 15 segundos, a canção foi apresentada na abertura do Mundial no Brasil. Isso, para o bem ou para o mal, já tornou a produção inesquecível e histórica. Você aprovou a escolha?

8. Anastacia – Boom (Coréia do Sul e Japão, 2002)

O ano do Penta! Apesar de uma certa baiana ter feito a festa com sua canção, foi da cantora norte-americana Anastacia a música oficial da Copa. Muito famosa na Europa e Oceania, ela, dona de uma voz potente, foi a aposta da FIFA e tentou fazer de Boom um dos hinos do Mundial, porém a produção foi um fracasso e não conseguiu chegar ao #1 em nenhum país em que foi lançada. “Bola murcha”!

7. K’naan – Wavin’ Flag (África do Sul, 2010)

A Copa de 2010, na qual a Espanha se consagrou a grande vencedora, não foi das melhores em termos de alegrias para o Brasil. Agora, quando o assunto são as músicas produzidas e que fizeram sucesso, a coisa muda de figura. Uma delas em especial, a motivacional Wavin’ Flag, entoada pelo rapper K’Naan, ganhou o carinho de jogadores e torcedores ao redor do mundo. Claro, o hino fazia parte de uma campanha publicitária de uma marca gigante de refrigerantes, o que ajudou em sua divulgação, mas isso não tira o seu mérito. A canção é boa, tocou demais nas rádios, chegou ao 14º lugar das mais executadas no Brasil, e tornou-se inesquecível. Mas aquele ano ainda seria marcado por uma canção que vai ocupar nosso nº 1…

6. Toni Braxton e Il Divo – Time Of Our Lives (Alemanhã, 2006) 

Mais uma canção que se destaca por sua falta de empatia com o público. No ano em que a Itália foi campe㠖 e o Brasil perdeu nas quartas de final -, o “hino” da norte-americana Toni Braxton com o grupo de ópera-pop britânico Il Divo não conseguiu virar um hit. Coube à colombiana Shakira, sempre ela, embalar os momentos de vitória. Cantando Hips Don’t Lie ela fez o show de encerramento do Mundial e a cabeça dos torcedores.

5. Daryl Hall e Sounds of Blackness – Gloryland (Estados Unidos, 1994)

É tetraaaa, é tetraaaa! Nossa, seria essa a melhor Copa de todas – pelo menos para, nós, os brasileiros? A suada vitória do Brasil contra a Itália na emocionante final deixou um gostinho de merecimento! Nesse contexto a quase gospel Gloryland, do norte-americano Daryl Hall com a banda Sounds of Blackness, e música oficial da FIFA, com sua letra de superação conseguiu embalar vários momentos do título. E, bem, eram os anos 1990, né, as baladas estavam em seu auge, que o digam Whitney Houston e Mariah Carey! Mas não dá para esquecer, também, do outro hino que brilhou demais nos corações tupiniquins: Coração Verde Amarelo emocionou, fez todos cantarem em coro e até hoje é o tema do futebol da Globo.

4. Gianna Nannini & Edorado Bennato – Un Estate Italiana (Itália, 1990)

Uma das canções mais emocionantes de todas as copas! Antes das produções para o Mundial começarem a ficar ‘pasteurizadas’ e genéricas, este hino, composto e produzido pelo cultuado italiano Giorgio Moroder, considerado um dos pais da música eletrônica, tocou fundo nos corações dos torcedores naquele ano. Conquistou o topo das paradas na Itália e sucesso na Europa. Clássico!

3. Ricky Martin – La Copa de La Vida (França, 1998)

1998 foi um ano estranho e com certeza, nós brasileiros, preferimos esquecer tudo o que aconteceu naquela Copa (não é, Ronaldo?), mas uma coisa é inegável: Ricky Martin fez todo mundo torcer, dançar e curtir demais a canção La Copa De La Vida, um dos maiores sucessos de sua carreira e primeiro lugar em diversos países, entre eles a Alemanha, terceiro maior mercado do setor. E, ó, nem precisa falar inglês para cantarolar o refrão pegajoso: ‘Go, go, go. Olé, olé, olé!’

2. Ivete Sangalo – Festa (Brasil, 2002)

Simplesmente *A* canção da conquista do pentacampeonato pela Seleção Brasileira! A música, até hoje uma das mais lembradas e bem-sucedidas de Ivete, fez tanto sucesso que era, inclusive, usada pelo técnico Luiz Felipe Scolari para motivar seus jogadores antes dos jogos. A letra casou perfeitamente com o momento de euforia que a população brasileira viveu e fez da cantora baiana a responsável por receber, de cima do trio elétrico, a comitiva do penta em sua volta para o Brasil.

1. Shakira – Waka, Waka (África do Sul, 2010)

Ok, como no caso da canção oficial da Copa de 2014, We Are OneShakiratambém recebeu muitas críticas por tirar o brilho dos artistas africanos, que naquele ano sediavam o Mundial, porém Waka, Waka passou incólume por isso. É, sem dúvidas, a maior canção em termos de alcance e sucesso que uma Copa já produziu. Tanto que o vídeo da música é até hoje, quatro anos depois de lançado, um dos 10 mais vistos do Youtube. Ultrapassou os limites de um Mundial e virou sucesso global. Imperdível: Os 14 goleiros mais gatos da Copa do Mundo 2018 

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Notícias

História do Hino Nacional do Brasil

A história do Hino Nacional do Brasil é pouco divulgada e geralmente se restringe a breves comentários sobre os autores da letra, Joaquim Osório Duque Estrada, e da música, Francisco Manuel da Silva.

A História do Hino Nacional do Brasil é recheada de fatos interessantes, mas infelizmente pouco divulgados. Tradicionalmente, o que sabemos sobre o Hino é referente aos autores da letra e da música.

A letra foi escrita por Joaquim Osório Duque Estrada e a música, elaborada por Francisco Manuel da Silva. O Hino Nacional Brasileiro foi criado em 1831 e teve diversas denominações antes do título, hoje, oficial. Ele foi chamado de Hino 7 de abril (em razão da abdicação de D. Pedro I), Marcha Triunfal e, por fim, Hino Nacional.

Com o advento da Proclamação da República e por decisão de Deodoro da Fonseca, que governava de forma provisória o Brasil, foi promovido um Grande Concurso para a composição de outra versão do Hino. Participaram do concurso, 36 candidatos; entre eles Leopoldo Miguez, Alberto Nepomuceno e Francisco Braga.

O vencedor foi Leopoldo Miguez, mas o povo não aceitou o novo hino, já que o de Joaquim Osório e Francisco Manuel da Silva havia se tornado extremamente popular desde 1831. Através da comoção popular, Deodoro da Fonseca disse: “Prefiro o hino já existente!”. Deodoro, muito estrategista e para não contrariar o vencedor do concurso, Leopoldo Miguez, considerou a nova composição e a denominou como Hino da Proclamação da República.

Decreto 171, de 20/01/1890:

“Conserva o Hino Nacional e adota o da Proclamação da República.”

O Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil constituído pelo Exército e Armada, em nome da Nação, decreta:

Art. 1º – É conservada como Hino Nacional a composição musical do maestro Francisco Manuel da Silva.

Art. 2º – É adotada sob o título de Hino da Proclamação da República a composição do maestro Leopoldo Miguez, baseada na poesia do cidadão José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros Albuquerque.

É importante ressaltar que a canção que representa uma nação, como o Hino Nacional do Brasil, exalta fatos acontecidos, simboliza todas as lutas por ela passadas, carrega a identidade de um povo e a grande responsabilidade de ser o porta-voz da Nação brasileira para o restante do mundo.

Hino Nacional do Brasil

Letra de Joaquim Osório Duque Estrada
Música de Francisco Manuel da Silva

Parte I

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Parte II

Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
“Nossos bosques têm mais vida”,
“Nossa vida” no teu seio “mais amores.”
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
– “Paz no futuro e glória no passado.”
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Por Lilian Aguiar
Graduada em História
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/hinonacionaldobrasil.htm

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